Estrutura para transmissão vai tomar lugar de barracas

A festa para comemorar uma eventual decisão pela saída da Presidente Dilma Rousseff (PT) já está em fase de preparação por grupos pró- em . O movimento ‘Chega de Impostos', por exemplo, montará uma estrutura com telão e caixas de som, na Avenida Afonso Pena, onde a votação da Câmara dos Deputados será transmitida ao vivo, a partir das 15h, no domingo(17).

Os manifestantes estão acampados no local, em frente ao MPF (Ministério Público Federal) desde o dia 17 março e começou a desmontar as barracas nesta sexta-feira (15). Segundo Melqui Santana, de 19 anos, metade do grupo saiu do acampamento com destino à Brasília. 

De Mato Grosso do Sul, seguirão 15 ônibus, três só da Capital. “O pessoal se reuniu às 14h30 na Praça dos Imigrantes e devem chegar lá às 9h, 10h. Estamos confiantes, agora não tem como fugir.”, disse Melqui.

Ainda segundo o manifestante, produtores agropecuários também seguirão para a Capital Federal e devem se reunir em frente ao Shopping Bosque dos Ipês. Melqui acredita que ‘comboio' de sul-mato-grossenses que acompanhará votação em Brasília soma mil pessoas.

ENTENDA O ACONTECE A PARTIR DE AGORA:

Neste domingo (17), o processo favorável ao impeachment segue adiante, desde que dois terços dos deputados (342 de um total de 513) votem a favor. O processo é, então, enviado ao Senado.

Já no Senado uma nova comissão será criada com prazo de 10 dias para emitir o parecer, de extinção do processo ou proceguimento do processo.

Caso for favorável ao prosseguimento, será levado ao Plenário do Senado e sendo aprovado instaura-se o processo. Basta maioria simples da Casa, 41 dos 81 parlamentares.

Diante de processo instaurado, a presidenta deve se afastar do cargo por 180 dias, e o vice Michel Temer assume.

JULGAMENTO – ABSOLVIÇÃO/CONDENAÇÃO

A votação no Senado, desta vez, é comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e exige votos de dois terços (54 dos 81 senadores) para a condenação. Em caso de absolvição, Dilma reassume o mandato, caso seja condenada, é automaticamente destituída e o vice, Michel Temer, assume até o fim do mandato. Dilma Rousseff fica oito anos sem pode exercer cargo público.

(Sob supervisão Marta Ferreira)