Eles confirmam a previsão de que resultado saia somente na madrugada

Os dois senadores de Mato Grosso do Sul que participam da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB, acreditam na aprovação do relatório e que a presidente seja afastada do cargo. Para Simone a aprovação será com pelo menos 54 votos e Moka diz prevê cerca de 50. São necessários 41 votos favoráveis para ser aprovado e ser dado continuidade ao processo.

“Vai ser aprovado sim o impeachment. Acho que com 54 votos”, disse Simone. “Creio que com 50 votos, um pouco mais ou um pouco menos, será aprovado o processo”, relatou Moka. Sobre a previsão de término e divulgação do resultado, os senadores sul-mato-grossense disseram que de fato só deve sair de madrugada. Simone afirma que só deve sair após as 2h da madrugada desta quinta-feira e Moka já imagina que sai após as 3h da madrugada.

O plenário do Senado Federal vota nesta quarta-feira (11), desde o período da manhã, o relatório da Comissão Especial do Impeachment sobre a admissibilidade do processo contra a presidenta Dilma Rousseff. O parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) é favorável à continuidade do processo por considerar que há indícios de que Dilma praticou crime de responsabilidade.

Após a discussão dos senadores, o relator falará também por 15 minutos e depois o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, por mais 15 minutos. A defesa será a última a falar.

Os senadores votarão no painel eletrônico do Senado e não vão justificar o voto, nem falarão antes de votar. Cada senador pode votar sim, não ou se abster. Após a conclusão da votação, o painel será aberto e o resultado anunciado.

Se os senadores decidirem pela continuidade do processo de impeachment da presidenta, Dilma Rousseff deverá ser afastada por 180 dias. A decisão será publicada no Diário do Senado amanhã (12). Somente após isso e caso o parecer seja admitido, o primeiro-secretário Vicentinho Alves (PR-TO) levará a notificação à presidente