Ministro cancelou evento após escândalo estourar nesta terça (15)

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, pivô de nova denúncia trazida a público nesta terça-feira (15), envolvendo a tentativa de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, prometeu em dezembro do ano passado a um assessor do senador , que arrumaria uma agenda em Mato Grosso do Sul para poder se reunir com a esposa do senador, Maika do Amaral.

Coincidência ou não, Mercadante tinha agenda na quinta-feira (17) em , que foi desmarcada pelo cerimonial do Ministério. Nesta agenda, seria assinado com o governo do Estado, o Novo Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa. Agora, a solenidade não tem dada prevista e fica em suspenso diante da situação de Mercadante.

A oferta do ministro de vir a Campo Grande está em diálogos tornados públicos pela Revista Veja, entre o assessor de imprensa José Eduardo Marzagão e o ministro Mercadante.

“É o seguinte, eu me disponho, já te falei isso reservadamente, eu faço uma agenda no Mato Grosso do Sul, eu tenho que ir visitar uma universidade, um instituto… eu falo Maika, eu quero passar aí …da outra vez ela fez um jantar pra mim… quando eu fui lá fazer uma agenda e ela fez um jantar na casa. Então, ó eu gostaria de passar aí, lhe dar um abraço e tal, se tiver espaço”, diz a trecho da conversa transcrito pela Veja.

Pelo diálogo, dá entender que houve uma outra visita de Mercadante a esposa de Delcídio.

Pela denúncia da revista, Mercadante ofereceu ajuda a Delcídio, que estaria em situação financeira complicada, em troca do silêncio dele em relação ao que sabe do rombo na Petrobras e do envolvimento de outras autoridades do Planalto e do Congresso.

Não fica claro o que aconteceu depois, mas o fato é que Delcídio do Amaral acabou assinando o acordo de delação premiada, homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A reportagem do Jornal Midiamax tentou falar com Marzagão hoje, mas ele não atendeu as ligações.