Marun diz que PMDB decide nesta terça candidato à sucessão de Cunha

Carlos Marun foi único deputado de MS que sinalizou interesse na vaga 

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Carlos Marun foi único deputado de MS que sinalizou interesse na vaga 

Com a renúncia de Eduardo Cunha na última quinta-feira, a previsão é que o novo presidente seja escolhido nesta quarta-feira (13). Dos parlamentares sul-mato-grossenses, até o momento somente o parlamentar Carlos Marun (PMDB) confirmou o interesse pela disputa. Marun diz que vai decidir com o partido nesta terça-feira (12), se a legenda terá candidato e quem será o nome para a disputa.

“Estou à disposição e meu nome está sendo debatido. Todo soldado quer ser general. Sei que o fato da minha posição a favor de Cunha pode me atrapalhar mas não mudo minha opinião. Amanhã decidiremos esta questão”.

Zeca do PT, também deputado federal, diz que não vai se candidatar e que para ele quem tiver ligação com Cunha tera dificuldade. “Não tenho esta pretensão. A nossa bancada vai se reunir nesta terça para definir se terá candidato, mas no geral espero que seja escolhido alguém que democratize todos os assuntos e também a mesa diretora. Já Vander Loubet, garante que o PT não terá candidato à Presidência da Câmara. “Estamos discutindo o apoio a um nome que tenha compromisso com uma pauta que ajude o Brasil a superar a atual crise”, disse o petista.

Com relação a ligação com Cunha, a tendência é que de fato não seja ninguém próximo a ele”. O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), por exemplo, foi direto e disse que não vota em quem tiver ligação com Cunha. “Independente de quem seja, eu não voto em alguém que seja próximo e tenha ligação com o Eduardo Cunha. Isso é fato. Não sou candidato, mas estamos conversando com os demais partidos para que não ocorra a eleição de alguém com esta proximidade”.

Luiz Henrique Mandetta, parlamentar federal do DEM, disse que não será candidato. “Não serei candidato nesta eleição. Meu partido tem candidatura única. Escolhemos o parlamentar Rodrigo Maia”. Representante do PSB em MS, a deputada Tereza Cristina também negou candidatura e assegurou apoio a sua sigla. “O PSB tem três nomes pra concorrer ao cargo e vou apoiar um deles na eleição”.

Geraldo Resende, deputado federal pelo PSDB, disse que seu partido busca formar alianças com partidos que tenham um candidato que vá para o segundo turno. “Eu não serei candidato, pois sigo as orientações do meu partido. Estamos articulando com partidos aliados para um consenso com um nome que tenha condições de ir para o segundo turno. Se ninguém atingir 257 votos, os mais votados seguem para segundo turno e queremos ter um representante nesta etapa”. O  tucano Elizeu Dionízio também foi procurado pelo Jornal Midiamax,mas não atendeu as ligações.  

Cronograma

Com a decisão de Cunha de deixar a vaga, a Câmara tem que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes – para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Casa até fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito.

Com a renúncia, pode se encerrar o impasse sobre a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) no comando da Câmara. Maranhão assumiu o cargo desde que Cunha foi afastado da presidência da Câmara pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O descontentamento dos deputados com a condução de Maranhão provocou, inclusive, um acordo informal para que ele não presida as sessões de votações. Todas as vezes em que Waldir Maranhão tentou quebrar este acerto, os parlamentares se recusaram a discutir e votar matérias importantes até que ele deixasse a Mesa do Plenário, que estava sendo revezada com o primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP) e o segundo vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR). 

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