Sem advogado, processo está parado

A defensora pública de segunda instância, Denise da Silva Viégas, pediu que o ex-assessor de Gilmar Olarte, Ronan Feitosa, seja notificado pessoalmente sobre constituição de nova defesa, agora que seu paradeiro não é mais desconhecido. Ele, que é réu na ação penal por corrupção passiva no caso dos cheques em branco, foi preso na última quarta-feira (20) em Tracuateua, Pará.

Em decorrência da complexidade da presente ação penal, mostra-se indispensável a notificação pessoal do senhor Ronan (assistido por advogado ao longo de toda a ação penal), para, querendo, constituir novo defensor particular de sua confiança, para apresentar alegações finais e praticar eventuais atos processuais subsequentes, tudo em atenção ao princípio constitucional da ampla defesa”, pediu a defensora.

O pedido de prisão preventiva foi expedido em agosto pelo desembargador do TJ- (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) Luiz Cláudio Bonassini. À época a família de Ronan não soube dizer aonde ele estava e o advogado renunciou à defesa, por isso agora há necessidade de novo advogado.

Pelo exposto, requer-se a notificação pessoal do réu Ronan Edson Feitosa de Lima, eis que não está mais em lugar incerto e não sabido, mas sim sob a custódia do Estado, para constituir novo advogado”, concluiu a defensora no pedido. Ronan, Olarte e Luiz Marcio Feliciano são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O processo é oriundo da que apontou os três como suposto esquema feito dentro da igreja que teria levantado R$ 900 mil em empréstimos com agiotas mediante a promessa de vantagens na Prefeitura. O único que já apresentou manifestação foi o ex-prefeito. Sem que os outros façam o mesmo a ação fica parada.