Julgamento é adiado e citados em esquema do tapa-buracos continuam com bens bloqueados
Ao todo são R$ 315 milhões
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Ao todo são R$ 315 milhões
Os pedidos dos envolvidos no suposto esquema para desviar recursos do serviço de tapa-buracos vão ficar com os R$ 315 milhões em bens bloqueados por pelos menos mais uma semana. Isso porque o julgamento dos recursos que Semy Ferraz, Uilson Domingues, Gerson Nina Prado, Abiel Lovassero e Selco Engenharia entraram para reverter a situação foi adiado para o dia 20.
O relator do caso, desembargador Sérgio Fernandes Martins, não compareceu à sessão, mas, segundo os autos, a ausência foi justificada. Além deles, o ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho (PTB) e outras 14 pessoas são acusadas de esquema para desvio de verba pública na operação tapa-buracos. Todos estão com bens indisponíveis.
O MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) já se manifestou pelo não deferimento dos agravos. Para o órgão a decisão atende ao que a Lei de Improbidade Administrativa possibilita, sendo permitida a concessão de medidas cautelares, quais sejam, a decretação de indisponibilidade e de sequestro de bens, visando a assegurar o resultado útil da tutela jurisdicional, ou seja, o ressarcimento ao erário em razão de lesão causada pelo crime.
Caso – As investigações sobre suspeita de corrupção no serviço de manutenção das vias públicas de Campo Grande levaram a Justiça a decretar a indisponibilidade de R$ 315 milhões em bens de 21 investigados.
Estão na lista, além de Nelsinho e Semy, os ex-secretários de Obras, João Antônio de Marco e Valtemir Alves de Brito, Sylvio Cesco, João Parron Maria, Bertholdo Figueiró Filho, Elisas Lino da Silva, Fátima Rosa Moral, Ivane Vanzella, Vera Lúcia Ferreira Vargas, Selco Engenharia, Uilson Simioli, Denis Simioli, Gerson Nina Prado, Abimael Lossavero, Caio Trindade, Luziano Neto, Usimix Ltda, Paulo Roberto Álvares e Michel Issa Filho.
A determinação atende a solicitação feita pela força-tarefa criada pelo MPE-MS após estourar a Operação Lama Asfáltica, realizada pela Polícia Federal em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União) e o MPF (Ministério Público Federal).
Segundo os promotores de Justiça, ocorreram atos de irregularidades na contratação de pequeno grupo de empresas, danos que custaram ao erário mais de R$ 372 milhões até janeiro de 2015. Somente a Selco abocanhou R$ 28,7 milhões até junho do ano passado, todos devido a obras do tapa-buracos feitos na Capital. Ao todo, foi calculado um prejuízo de R$ 22 milhões nos serviços e superfaturamento de 88% do valor cobrado pelas empresas.
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