Juiz determinou prisões para investigar esquema de propina após cassação

Ex-secretário e esposa estão presos preventivamente

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Ex-secretário e esposa estão presos preventivamente

O juiz da 1º Vara do Tribunal do Júri Carlos Alberto Garcete determinou a prisão preventiva de André Scaff, procurador da Câmara de Campo Grande e ex-secretário titular da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle) durante a gestão de Gilmar Olarte e da esposa Karina Mauro Sacff por suspeita de recebimento de propinas. Ambos foram presos nesta terça-feira (20) e prestam depoimento no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Além deles, outras 22 pessoas serão intimadas a depor. O Gaeco pediu a condução coercitiva deles, mas o juiz negou. Serão intimados Andre Luis dos Santos, Andreia Silva de Lima, o empreiteiro Ariel Raghiant, os vereadores Carlos Augusto Borges (Carlão) e Flávio César, Guilherme Muller, o empreiteiro João Abib Mansour, João Krampe Amorim dos Santos  e José Audax Oliva, Luiz Moreno Bisogenin, Luciano Fonseca Copola, Mariana Andrade D’ÁvilaRoumar Aparecido Moura, Orlando Torres Silva, Paulo Pedra, Pedro Marilto Vidal de Paula, Reginaldo João Bacha, Reginaldo Schetini Figueiredo, Riocardo Teixeira Albanese, Sandra Maristela Mondragon, Vanderson Prado Rodrigues e Conrado Jacobina, irmão da vereadora Carla Stephanini e do procurador de Justiça Rodrigo Stephanini.  

Também são realizadas busca e apreensão nos imóveis da Rua Paraíba, Fazenda Pilão, em Nioaque, Rua Eduardo Santos Pereira (n 2221) e Rua Pernambuco (n 3212).

Todos são investigados por supostamente fazerem parte do esquema. Scaff teria recebido propina dos empresários para realizar aditamentos e renovação de contratos na Prefeitura, durante a gestão de Olarte.

O Gaeco apurou que Scaff tem um “robusto sistema de transações imobiliárias”, conforme consta nos autos, com vários imóveis em seu nome, fato que não condiz com a sua renda, de acordo com os preços de mercado das propriedades.

Em maio, André Scaff também foi detido por cinco horas e pagou fiança de R$ 2,6 mil. Policiais levaram um malote com documentos que estavam na sua sala na Câmara de Campo Grande e levaram o procurador até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro por porte ilegal de munições, encontradas em sua casa.

No local, foram encontradas 16 munições de calibre 38. Em depoimento, o procurador disse não saber porque portava as munições. Na ocasião, Scaff afirmou que a operação em nada tinha a ver com a Lama Asfáltica ou Coffee Break.

No mesmo dia, durante reunião do Conselho Supeior do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, o procurador-geral de Justiça Paulo Passos afirmou que a operação era um desdobramento da Operação da Polícia Federal que culminou com a prisão do ex-deputado federal e ex-secretário de obras, Edson  Giroto, e do empresário João Amorim, a Lama Asfáltica.

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