Ele deve apresentar defesa o mais rápido possível

O juiz Aluízio Pereira dos Santos chamou a atenção do dono da Proteco Construções, João Amorim, bem como de sua sócia e engenheiro, Elza Araújo e Rômulo Menossi, para que apresentem as contrarrazões à ação que pede a prisão preventiva deles e de mais seis pessoas, incluindo o ex-secretário de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto (PR). O empresário conseguiu protelar o prazo por duas vezes.

O magistrado também destacou que de todos os investigados somente o engenheiro João Afif Jorge, que atuava no Estado, foi o único a não se manifestar no processo e também precisa apresentar defesa por escrito.

A cobrança ocorreu porque o MPE (Ministério Público Estadual) disponibilizou integralmente as interceptações telefônico que servem como sabe do pedido de prisão feito pela força-tarefa da Operação Lama Asfáltica, conforme requereu o advogado do trio e deferiu o juiz.

“Intime-se os investigados João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Elza Cristina Araújo dos Santos do Amaral e Rômulo Tadeu Menossi para apresentarem contrarrazões no prazo legal, tendo em vista que o MPE juntou a documentação solicitada nos autos”.

“Registro, por oportuno, que entre todos os investigados, apenas João Afif Jorge não apresentou contrarrazões, embora regularmente intimado”, diz no despacho feito nesta quarta-feira (16).

Completam a lista de denunciados Eólo Genovês Ferrari e Donizeti Rodrigues da Silveira, engenheiros do governo, Maria Wilma Casa Nova Rosa, ex-diretora da Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos) e Wilson Roberto Mariano, que ocupou o mesmo cargo.

Caso – Os promotores de Justiça Thalys Franklyn de Souza, Tiago Di Giulio Freire, Cristiane Mourão Leal e Fernando Martins Zaupa alegam que decisão anterior, na qual houve indeferimento, o juiz argumentou que “os elementos até agora apurados tidos como indícios, não são suficiente para, repito, romper de forma unilateral pela força do Estado os princípios constitucionais ao devido processo legal do contraditório da presunção da inocência e da ampla defesa”.

Porém, para eles o magistrado cometeu equívoco, pois durante tramitação do Precedimento Investigatório Criminal descobriu-se que os investigados “obtiveram para si vantagem econômica indevida, me prejuízo de toda a sociedade”. Com anexos de planilhas, fotos e dados com base nas obras desenvolvidas pela Proteco e fiscalizada pela secretaria de Obras à época, a força-tarefa aponta desvio de mais de R$ 10,4 milhões.

Passado – No dia 10 de novembro de 2015, Giroto, Amorim, Tadeu, Maria Wilma, Wilson Roberto, foram presos preventivamente também devido à Lama Asfáltica. Elza, por estar em gravidez de risco, ficou em prisão domiciliar, como deve ser caso haja deferimento desta vez.