Jornal afirma que Cunha, acuado, poderá fazer delação premiada

Situação de esposa ‘incomoda’ deputado

Uma possibilidade considerada inexistente pode se tornar realidade em breve, a delação premiada do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). É o que revelou o Jornal O Estado de São Paulo.

De acordo com o periódico, Cunha e seus advogados se reuniram da noite de ontem, terça-feira (14) a madrugada desta quarta-feira (15), em sua residência oficial da Câmara. Neste encontro a possibilidade foi discutida.

Todavia, com a decisão da Conselho de Ética, que aprovou o pedido de cassação, da multa imposta pelo Banco Central ao deputado e sua esposa, a jornalista Claudia Cruz, e a exclusão de Cunha da lista de políticos que tiveram o pedido de prisão indeferido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, a delação ganhou força.

O assessor que se encontrou com o presidente afastado, contou que a situação da esposa de Cunha é o que mais lhe ‘incomoda’. Além da multa do BC, Cláudia agora é ré no processo da Lava-Jato sob comando do juiz Sérgio Moro.

Ainda segundo o Jornal, dois integrantes da defesa de Cunha já intermediaram a delação premiada de investigados na Lava Jato. A advogada Fernanda Tórtima, que defende Sérgio Machado, ex-senador e ex-presidente da Transpetro, e Pierpaolo Bottini, que advoga para executivos da empreiteira Camargo Corrêa que aceitaram a delação.