Giroto é levado à sede da PF em terceira fase da Operação Lama Asfáltica

Operação Aviões de Lama faz busca e apreensão em 3 Estados

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Operação Aviões de Lama faz busca e apreensão em 3 Estados

A terceira fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Aviões de Lama, deflagrada nesta quinta-feira (7), conduziu Edson Giroto, ex-secretário especial do Ministério dos Transportes e secretário de Obras na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB) à sede da Polícia Federal.

Policiais federais revistam a casa de Giroto, no Dahma, em busca de documentos desde o início desta quinta-feira e, posteriormente, o levaram para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. Giroto foi solto há duas semanas após ficar preso por 42 dias no Centro de Triagem do Complexo Penitenciário.

O advogado do ex-secretário de Obras Valeriano Fontoura chegou por volta das 7h30 na sede da Polícia e declarou ainda não saber se Giroto seria preso ou só ouvido pelos policiais. Uma coletiva para esclarecer os mandados foi marcada para as 10h desta quinta.

A Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal realizam a Operação nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, com o objetivo de desmantelar grupo criminoso investigado que desviava recursos públicos de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas que resultou em crimes de lavagem de dinheiro.

Cerca de 20 policiais cumprem 3 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de busca e  apreensão de aeronaves nos municípios de Campo Grande, Cuiabá (MT), Rondonópolis e Tanabi (SP), todos expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande – Especializada em crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes contra o sistema financeiro nacional.

A Operação decorre da análise da documentação apreendida na segunda fase da Operação Lama Asfáltica, denominada “Fazendas de Lama”, onde foi possível extrair elementos indicativos que os investigados estavam dilapidando o patrimônio com a revenda de bens de alto valor e pulverizando esses montantes para diversas pessoas, a fim de ocultar a origem do dinheiro, deparando­se com a prática de novas condutas delituosas, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação, em julho.

No caso, trata­se da alienação de aeronave no valor de R$ 2 milhões, revelando que o grupo optou por se desfazer do patrimônio para realizar a divisão do produto da venda em valores menores, como no caso, mediante a entrega de outra aeronave de R$ 350 mil, além de quatro cheques que foram destinados a quatro pessoas, operando assim, o fracionamento do patrimônio com o objetivo de dificultar o rastreamento do dinheiro obtido com a venda do avião, de sorte a realizar a mutação desses valores em pagamentos de serviços prestados, incorporando­os na economia formal.

A organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções, prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.

O motivo do nome da operação é em razão do modo de se desfazer da aeronave, já que o grupo utilizou de recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações, recebimento de propinas e crimes de lavagem de dinheiro.

Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande e as aeronaves apreendidas irão permanecer nas cidades onde forem localizadas.

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