Genu teria recebido mais de R$ 6 milhões em propina desviada da Estatal

O Ministério Público Federal denunciou à Justiça Federal, em Curitiba, o ex-tesoureiro do Partido Progressista (PP) João Claudio Genu pelo recebimento de mais de R$ 6 milhões em propina desviada de contratos da . Ele é acusado pelos crimes de participação em organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da , que investiga desvios de recursos na estatal. Genu foi um dos presos na 29ª fase da operação, no mês passado.

Além de Genu, que é ex-assessor parlamentar do ex-deputado José Janene, foram denunciadas, na noite de ontem (23), mais cinco pessoas: Lucas Amorin Alves, Jayme Alves de Oliveira Filho, Rafael Ângulo Lopes e Carlos Rocha (o Ceará) e a mulher de Genu, Cláudia Contijo Genu. Na denúncia, os procuradores pedem que o valor para a reparação do dano seja fixado em R$ 357.945.680,52.

“As investigações apontaram que Genu era um dos beneficiários e articuladores do esquema de desvio de recursos da estatal petrolífera, recebendo um percentual fixo da propina destinada ao PP”, diz a nota divulgada pela Procuradoria da República no Paraná. Entre as provas apresentadas pelos procuradores da Lava Jato, estão planilhas, depoimentos de colaboradores e e-mails. Foram encontrados também registros da portaria dos escritórios do doleiro Alberto Youssef que mostram que Genu visitou diversas vezes o local entre 2011 e 2014.

Pelo crime de corrupção passiva, o ex-assessor e ex-tesoureiro teria atuado junto com o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa no recebimento de propina que soma R$ 357.945.680.52, entre 2007 e 2012. O valor corresponde a 1% do valor de contratos firmados entre a Petrobras e empreiteiras.