Engenheiro investigado por lavagem de dinheiro vai cuidar do tapa-buracos

Ele substitui servidor que teve bens bloqueados

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Ele substitui servidor que teve bens bloqueados

O engenheiro civil João Dimas Martins Gomes foi escolhido pelo prefeito Alcides Bernal (PP) para assumir o departamento da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) responsável pela fiscalização do serviço de tapa-buracos em Campo Grande.

Ele assume no lugar do engenheiro Sylvio Cesco, um dos servidores que tiveram R$ 315 milhões em bens bloqueados pela Justiça por desvios no serviço de tapa-buracos, ainda na gestão de Nelsinho Trad (PTB). ​

Sylvio e a mulher, Vera Lúcia Ferreira Vargas são proprietários de diversos imóveis na Capital. Ela também é frequentadora e cliente assídua de uma rede de joalherias na Capital, e entre 2012 e 2015 gastou R$ 904 mil entre anéis, relógios, colares e pulseiras.

Já Dimas, que foi presidente da Comissão Permanente de Licitação no início da gestão de Gilmar Olarte e licitou os primeiros lotes do PAC II na Capital, com orçamento de mais de R$ 311 milhões, responde a um processo no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) em que é acusado dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores (2009/0110473-1). Também nesta quarta, Bernal lançou quatro novas licitações para dar continuidade as obras do PAC II.  

Segundo a publicação no Diário Oficial de Campo Grande desta terça-feira (30), ele assume o Departamento de Manutenção de Vias e Áreas Públicas e deixa o Departamento de Planejamento e Controle de Obras.

João foi fiscal e consultor de obras do governo do Acre, onde o ex-secretário de infraestrutura de Bernal e de Olarte, Semy Ferraz, era diretor da empresa de água e esgotos do estado e da capital, Rio Branco. Também atuou como coordenador regional institucional da 14ª URGE (Unidade Regional de Gestão de Empreendimentos) da Agesul (Agência de Empreendimento de Mato Grosso do Sul) na gestão de Zeca do PT.

Na Prefeitura, a informação é de que a administração vai se informar sobre a situação dos processos antes de se pronunciar sobre a nomeação.

(Colaborou Evelin Araujo). 

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