Diretório pede para militantes não votarem em ninguém
O Psol (Partido Socialismo e Liberdade) Campo Grande se posicionou nesta quarta-feira (5) nas redes sociais e afirmou que não vai apoiar nem a candidatura de marquinhos trad (PSD) e nem de Rose Modesto (PSDB), avaliadas respectivamente como “velha oligarquia que deseja voltar a ordenar a cidade” e “um novo setor das classes dominantes”.
A direção municipal do partido pede, ainda, que os militantes não votem em nenhum dos dois candidatos. A nota do partido foi divulgada pelo perfil da candidata à Prefeitura Rosana Santos. Confira na íntegra:
“A Direção Municipal do PSOL Campo Grande faz um balanço do processo eleitoral de 2016. Temos a compreensão da nossa dificuldade, das tensões internas e dos ataques externos a nossa candidatura. O PSOL entende a necessidade de ocupação dos espaços políticos por setores historicamente discriminados em nossa sociedade, e, por isso, apresentou a candidatura da companheira Rosana Santos, mulher, negra, educadora social, terapeuta ocupacional e do camarada Henrique Nascimento, jovem, LGBT, professor, ambos militantes dos Direitos Humanos e quadros importantes para o Partido. Apesar da falta de recurso e dos ataques racistas, machistas, LGBTfóbicos, fazemos um balanço positivo da participação do PSOL CG nas eleições deste ano. Apresentamos um partido como alternativa política para os setores descontentes com a esquerda tradicional e, principalmente, para a juventude. A campanha Cidade das Pessoas continua para a garantia dos direitos e na luta pelos trabalhadores e trabalhadoras, pelas mulheres, pelo povo negro, pela LGBTs, pelos povos indígenas, pelas juventudes e a população oprimida.
Sobre o segundo turno
Em relação ao resultado das urnas, é expressiva a necessidade de uma discussão profunda sobre o projeto político que ganhou e vai disputar o segundo turno para prefeitura de Campo Grande. De um lado, Marquinhos Trad, que carrega o passado de sua família, de outro Rose Modesto, a candidata do governo do Estado. Um representa a velha oligarquia que deseja voltar a ordenar a cidade, a outra representa um novo setor das classes dominantes, ligados a FIEMS, que quer criar um monopólio do poder político institucional. Cabe lembrar que um é do PSD e a outra do PSDB, dois partidos da base aliada do governo Temer, cujo projeto é de privatização, terceirização e manutenção da política econômica austera e injusta sob os setores mais pobres da classe trabalhadora.
Construir uma alternativa política
É preciso construir uma alternativa política de resistência. Os ataques à organização dos trabalhadores, os retrocessos dos direitos e a criminalização dos grupos políticos de esquerda é a pauta nacional e, dessa forma, devemos resistir. Devemos nos preparar e nos organizar para fomentar e articular lutas em todos os setores explorados e oprimidos. O PSOL estará presente em todos processos de lutas contra o avanço do projeto neoliberal. Por isso, convocamos a militância para que NÃO VOTE em nenhum dos candidatos municipais, e, construa um novo modelo político de democracia direta, participativa e de base! Precisamos mudar a correlação de forças e, para isso, devemos estar presente nas greves, paralisações, protestos, atos, marchas, passeatas e em todos os movimentos de resistência contra o modelo injusto e cruel baseado na exploração e na opressão!
NENHUM VOTO NO PSD NEM NO PSDB!
NENHUM DIREITO A MENOS!
OCUPAR AS RUAS CONTRA OS RETROCESSOS!
Direção Municipal do PSOL CG,
04 de Outubro de 2016”.