Em denúncia, MPE admite ‘lacuna’ na investigação sobre Rose Modesto e mais 6

Lista de denunciados foi divulgada no último dia 31

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Lista de denunciados foi divulgada no último dia 31

Denúncia de quase 400 paginas feita pelo MPE (Ministério Público Estadual) com base na Operação Coffee Break revela que investigação paralela sobre a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) está sendo feita para incluí-la ou não na lista de denunciados. Também estão nesta situação a deputada estadual Grazielle Machado (PR), a suplente de vereador Juliana Zorzo (PSC) e os vereadores Vanderlei Cabeludo, Carla Stephanini, ambos do PMDB, Chiquinho Telles e Coringa, do PSD.

De acordo com os autos, “é de se destacar que investigação complementar será efetuada para suprir a lacuna que impossibilita a formação da opinio delicti”. Todos eram vereadores quando o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), foi cassado, em março de 2014.

Mas, ainda conforme o processo, da análise feita até o momento n]ao ficou comprovado que o grupo acima citado recebeu ou aceitou promessas de vantagens indevidas, tais como cargos públicos e indicação de correligionários a ocuparem tais vagas.

De acordo com o MPE a investigação nasceu por acaso quando fatos constatados em duas apurações diferentes foram juntados, sendo elas a do caso dos cheques em branco envolvendo o vice-prefeito de Campo Grande afastado, Gilmar Olarte (Pros) e seu ex-assessor Ronan Feitosa, bem como a Operação Lama Asfáltica.

A lista de denunciados foi divulgada no dia 31 de maio pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Cezar Passos, porém a denúncia foi disponibilizada nesta quinta-feira (16).

Segundo os autos, o desembargador Luiz Claudio Bonassini assinou despacho na última terça-feira (14) autorizou notificação dos denunciados para que, assim que notificados, se manifestem por escrito. Ele também negou sigilo à ação como solicitou o MPE, alegando que o segredo de justiça era necessário no início das investigações.

“Concluídas todas as investigações, e com o oferecimento da presente denúncia, o sigilo, que é exceção, já não se justifica, em especial porque, sendo um acusado ocupante do cargo de prefeito da capital, e vários outros o de vereador, é imprescindível que seja prestigiado o princípio da publicidade, bem como a preservação do interesse público e social”.

Bonassini determinou segredo somente a parte da mídia que não foi transcrita pela denúncia e que diz respeito à intimidade dos acusados, referindo-se ao conteúdo dos celulares apreendidos em agosto do ano passado para perícia.

Além disso, o pedido para arrolar testemunhas somente será feito caso a denúncia seja aceita. Assim como a inserção do conteúdo no Sinic (Sistema de Informações Criminais) da Polícia Federal e na rede da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).

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