Pastor já foi convidado

Corregedor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB) disse nesta quinta-feira (17) aguarda apenas a fala do pastor que teria gravado o áudio entre os deputados Felipe Orro e Paulo Correa (PR) para emitir um parecer sobre a questão.

Após receber as defesas e ouvir outras testemunhas, Picarelli diz que está marcada para esta sexta-feira (18) a oitiva do denunciante. A Assembleia encaminhou ofício ao endereço do líder religioso, mas recebeu a correspondência de volta informando que ele não moraria naquele local.

“A data da oitiva toda imprensa deu, então esperamos que ele venha. Vamos aguardar para ouvi-lo”. Após a oitiva, o deputado deve emitir o parecer da Corregedoria.

O corregedor revelou que o pastor teria procurado o deputado Zé Teixeira (DEM), citado de forma pejorativa por Paulo Corrêa durante a conversa, para tentar vender o material com o áudio.

“O pastor me disse que tinha uma fita e que a Globo daria para ele R$ 110 mil, disse que era um bom valor pra ele vender”, revelou Teixeira.

Segundo o deputado do DEM, duas pessoas testemunharam a tentativa de venda do áudio. Zé Teixeira disse que o pastor lhe revelou que tinha uma filha estudando em Dourados, e que ele daria uma cópia da fita caso o deputado se comprometesse a pagar o aluguel da jovem.

Após o ouvir o conteúdo, o democrata disse que não queria comprar, já que o material não lhe interessava. Teixeira também não comentou sobre a forma como foi mencionado no vídeo, limitou-se a dizer que os colegas ‘falaram demais’.

Responsável por analisar se uma comissão de ética vai julgar Corrêa e Orro, Picarelli pontuou que não tem um prazo para concluir seus trabalhos, mas disse que pretende fazê-lo ‘o mais breve possível’.