Ela está na presa desde segunda-feira (15)

Na petição em que pediu a saída temporária da prisão da ex-primeira-dama de Andreia Olarte (PROS) para ser atendida por médico na última segunda-feira (6), a defesa tentou conseguir prisão domiciliar para ela, porém a solicitação foi atendida parcialmente.

Na primeira noite em que passaria no presídio feminino, a esposa do vice-prefeito afastado, Gilmar Olarte (PROS), não se sentiu bem e foi atendida pelo médico e vereador Jamal Salem (PR). Ela saiu do cárcere sob escolta e com autorização judicial. O advogado Jail Azambuja tentou que Andreia fosse para casa após o atendimento.

“Requer a Vossa Excelência que determine a transferência imediata da requerente para unidade de saúde, no caso particular por ter a mesma convênio UNIMED, com a devida escolta, a fim de ser submetida a exames e cuidados adequados (inclusive internação, conforme o caso) ou que se conceda, desde já, a prisão domiciliar autorizando apenas que se desloque para o hospital e, em seguida, após alta, recolha-se em casa, para cumprir o restante da custódia temporária, comprometendo-se a comparecer a qualquer depoimento que seja necessário”, pediu.

No entanto, o desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso foi deferiu somente parte do pedido e destacou se abstrair de outras considerações. “Abstraindo-me, por ora, de outras considerações acerca do mérito da impetração,defiro parcialmente a liminar, para permitir que a paciente seja encaminhada, mediante escolta, ao hospital da UNIMED para que seja submetida aos procedimentos médicos de que necessita,após retorne à Delegacia em que se encontra recolhida”.

Ao constatar que o problema já havia sido resolvido, o desembargador Luiz Claudio Bonassini pediu arquivamento da ação de liberdade provisória. Andreia, segundo o advogado, está no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) desde então.

O casal Olarte foi preso desde a última segunda-feira sob acusação de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. Há pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para soltura de ambos, mas ainda não houve respaldo.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava mandato de prefeito, a mulher dele comprou vários imóveis na Capital, “alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.