Com saída de Renan, lei do abuso deve ser votada em 2017, diz Simone

Senadora achava que Renan seria afastado depois da PEC 241  

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Senadora achava que Renan seria afastado depois da PEC 241

 

A senadora Simone Tebet, do PMDB, viu com surpresa a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou o afastamento de Renan Calheiros, também peemedebista, da presidência do Senado. No entanto, ela disse que por se tratar de instância superior, o despacho não deve ser discutido e, sim, cumprido.

Na interpretação da senadora, advogada, a definição pelo afastamento de Renan, era aguardada pelos senadores, mas que isso deveria ocorrer depois da aprovação da chamada PEC 241, à medida que estabelece um teto para os gastos públicos pelas próximas duas décadas.

“Isso porque restam apenas dez dias para terminarmos o trabalho [votação da PEC], que é uma pauta complexa, extensa e necessária”, disse Simone.

A senadora, contudo, acha que a condução do assunto será normal, pois “o Senado tem responsabilidade com todo o país”.

Ela disse ainda ser favorável a uma “reavaliação” do projeto de lei de número 280, o que define os crimes de abuso de autoridade. Para ela, a questão, que causou protestos no Brasil todo no último fim de semana, deve ser votada somente no ano que vem.

Quanto ao substituto de Renan na presidência do Senado, a parlamentar sul-mato-grossense enxerga o que chamou de “problema”. Jorge Viana, ex-governador do Acre, hoje senador do PT, é quem assume o Senado. No caso, a senadora vê o partido de Viana como um complicador.

No entanto, Simone disse “ver nele [Jorge Viana] uma pessoa que sabe que é um representante do todos nós [país]”. A senadora acrescentou ainda que “mais do que nunca” o instante político, que está instável e comprometendo a economia nacional, exige serenidade.

(Colaboração Alexandro Barboza)

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Foto ilustrativa | Reprodução