Com André e sem Trad, PMDB lembra passado ‘glorioso’ em propaganda

Puccinelli é o único ex-prefeito a aparecer no vídeo

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Puccinelli é o único ex-prefeito a aparecer no vídeo

Mais uma propaganda do PMDB está sendo veiculada com intuito de descreditar a gestão de Alcides Bernal (PP) e tentar recuperar credibilidade da sigla perante a população. Mas, desta vez, o personagem principal é o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), que comandou a Capital por oito anos. Embora o vídeo cite as administrações peemedebistas, o ex-prefeito Nelson Trad Filho, que agora é do PTB, foi totalmente ignorado. Ele sucedeu Puccinelli e também permaneceu por dois mandatos.

No comercial, enquanto imagens do ex-governador no papel de prefeito aparecem, uma voz narra texto enaltecendo o trabalho do partido em prol da cidade. “Campo Grande tem as marcos do trabalho do PMDB no centro, nos bairros. Em todo lugar a cidade cresceu”.

Esta é a segunda propaganda que o PMDB divulga atacando a atual gestão. Na outra a sigla compara situação em que a cidade se encontra com a época em que o PMDB estava à frente da gestão. As ruas esburacadas são o maior alvo. Além das imagens de buracos nos asfalto, foram utilizadas entrevistas com motoristas relatando os prejuízos que já tiveram por conta das vias em más condições.

A estratégia faz parte do plano eleitoral para tentar recuperar o Executivo após duas derrotas seguidas. No pleito de 2012 o então peemedebista Edson Giroto disputou o a Prefeitura, chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Bernal. Dois anos depois, quando Puccinelli findava o segundo mandato como governador do Estado, a legenda tentou repetir o que foi feito na Prefeitura. Nelsinho tentou a sucessão estadual, porém sequer chegou à segunda fase do pleito.

As operações realizadas do ano passado para cá contribuíram negativamente à cúpula. Depois de anos na presidência da Câmara Municipal, o PMDB perdeu o principal lugar na mesa diretora. Isso porque o então presidente Mario Cesar foi afastado da Casa de Leis em agosto de 2015 devido à Coffee Break e só conseguiu retornar três meses depois.

Ele acabou renunciado à função e os vereadores elegeram João Rocha (PSDB) para substituí-lo. Além disso, a investigação Lama Asfáltica também pode causar danos à legenda neste ano eleitoral. Em julho a apuração estourou com 19 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos. Na mira da investigação estava contratos firmados entre o poder público e empreiteiras suspeitas de fraude.

As gestões passadas estavam justamente nas mãos do PMDB. Para se ter ideia, Giroto, ex-secretário de Obras de Puccinelli, foi preso, juntamente com João Amorim, proprietário da Proteco Construções, ex-cunhado de Nelsinho, irmão da deputada estadual e ex-primeira-dama Antonieta Amorim e amigo do ex-chefe do Executivo estadual. Tanto que a empreiteira fez doações de campanha milionárias ao PMDB.

O ex-governador, por sua vez, enfrenta ação de improbidade administrativa ingressada pela força-tarefa da Lama Asfáltica. Segundo o MPE, empresas ligadas ao empresário João Baird, principalmente a Itel Informática, embolsaram mais de R$ 252 milhões do governo do Estado com serviços terceirizados em sua maioria de forma irregular.

 

 

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