Candidato revela ameaça de homem armado ao tentar entrar em aldeia
Caso foi registrado nesta quarta-feira, em Coronel Sapucaia
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Caso foi registrado nesta quarta-feira, em Coronel Sapucaia
O candidato a prefeito de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold, do PMDB, foi à Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (28), e disse ter sido ameaçado de morte caso insistisse em entrar numa aldeia indígena, situada aos arredores da cidade. O suposto agressor seria ligado ao Partido da República (22), o PR, sigla rival ao PMDB, que também concorre à prefeitura.
No bolem de ocorrência, Paetzold disse que, ao tentar entrar na aldeia Taquapery, foi abordado, logo na entrada, por um homem que identificou-se como Jonas Batista, que estaria acompanhado por “cabos eleitorais” da “coligação adversária”.
O candidato do PMDB narra que desceu do carro junto com três aliados políticos e seguiu em direção de João Batista. Em seguida, conta Paetzold, Batista sacou de um revólver e ameaçou atirar contra ele.
“… na sequência, os cabos eleitorais caracterizados com bandeiras da coligação do 22 [partido] agarraram o comunicante vítima [Paetzold] pela camisa e o empurraram para dentro de seu veículo, sendo que Jonas ordenou que o comunicante não entrasse na aldeia Taquapery”, diz trecho do boletim policial.
Paetzold disse que estava autorizado por juiz eleitoral a entrar na aldeia, onde participaria de uma reunião na casa de um indígena, Cid Velasques, mas o argumento não convenceu o suposto agressor.
Jonas Batista, ainda segundo o boletim de ocorrência, teria dito a Paetzold: “juiz não manda aqui e quem manda aqui é o capitão e se não tem ordem do capitão vocês não podem entrar”.
Capitão, para os índios, é uma liderança entre a comunidade indígena.
No boletim é narrada ainda que os “simpatizantes da coligação 22 estão de posse de arma de fogo intimando os simpatizantes da coligação 15”.
O concorrente peemedebista finaliza a denúncia afirmando “temer pela segurança de todos os munícipes neste pleito eleitoral”.
A prefeitura de Coronel Sapucaia é disputada apenas por Paetzol, do PMDB e Cleverson Luiz Bertelli, do DEM. A reportagem tentou localizar João Batista e um representante do DEM, mas não conseguiu.
A cidade de Coronel Sapucaia é separada por uma rua do território paraguaio. O município do país vizinho chama-se Capitan Bado, tido, segundo autoridades brasileiras, como uma das regiões que mais produz maconha no país.
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