Pular para o conteúdo
Política

Após prisão do irmão, candidato diz que é ‘comum’ ter arma e nega compra de voto

Ex-prefeito foi preso com arma e R$ 112 mil nesta madrugada
Arquivo -

Ex-prefeito foi preso com arma e R$ 112 mil nesta madrugada

O candidato a prefeito pelo PDT em , Rudney Marinho, que teve o irmão preso na madrugada desta quinta-feira (30), tratou o caso com naturalidade, negando que os R$ 112,7 mil encontrados pela Polícia Civil com o irmão seria utilizado em compra de voto de sua campanha. “Ele tinha um pouco de dinheiro na casa, mas é dinheiro legalizado, fruto da venda de gado”, explicou. Quanto à arma ilegal, justificou que é comum pessoas manterem armamento em casa, em cidades rurais.

A partir de investigações de compra de votos em Japorã, a polícia chegou a R$ 112.700,00 guardados na casa do ex-prefeito Rubens Freire Marinho, de 47 anos, irmão do candidato. Em cima do guarda-roupas do quarto, os policiais ainda encontraram um revólver calibre 38, com duas munições intactas. Por conta da arma de fogo sem registro, o ex-prefeito foi preso.

De acordo com Rudney, a prisão do irmão foi uma infelicidade pois acredita que ele não era proprietário da arma. “Houve uma batida da polícia civil na casa dele hoje, e ele tinha um pouco de dinheiro lá, mas é dinheiro legalizado, de venda de gado, pois ele é pecuarista. Só que infelizmente, foi encontrada a arma, mas essa arma não é dele. Eu não sei se é do filho dele, ou de algum peão que deixou lá”, explicou.

Sobre a investigação de compra de votos, o candidato negou a possibilidade. “Isso não era para compra de votos, é dinheiro particular dele. O que acontece é que ele é um agente político, por ser meu irmão as pessoas caracterizam isso como compra de votos, mas não tem nada a ver”, disse.

Quanto a atuação do irmão em sua campanha, o candidato Rudney disse que a participação acontece apenas através de palestras em reuniões, e na condição de ex-prefeito do município. “Ele continua atuando como agente político”, resumiu.

Em relação a arma encontrada na casa do ex-prefeito, o candidato ressaltou que é comum essa prática no município. “ Eu não sabia da existência da arma, até porque estava na casa dele, um lugar privado. A arma não tem nada a ver com a eleição. Qualquer um pode ter arma em casa, seja legal ou ilegalmente”.

Justificando o porte, o candidato completou. “Na verdade a lei não permite, mas estamos localizados em uma área rural e geralmente, ou provavelmente, as pessoas têm arma em casa, por mais que seja ilegal”, disse, reafirmando não saber origem do revólver.

Prisão

De acordo com informações da Polícia Civil, investigadores foram até a casa do ex-prefeito para cumprir mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Guilherme Henrique Bento de Almada, da 33ª Zona Eleitoral de . O dinheiro encontrado na residência estava dividido em duas sacolas.

Uma sacola continha R$ 99 mil e estava embaixo da cama. A outra estava em uma penteadeira e armazenava R$ 13.700. Em cima do guarda-roupas do quarto, os policiais ainda encontraram um revólver calibre 38, com duas munições intactas. Por conta da arma de fogo sem registro, o ex-prefeito foi preso.

Um caderno com várias anotações, listas e um computador também foram apreendidos nas residência. Rubens estava em liberdade condicional e agora permanecerá preso e não será arbitrada fiança. Um inquérito será instaurado pela Justiça Eleitoral para apurar a finalidade do dinheiro apreendido.

Falsidade ideológica

Em 2012, quando era prefeito de Japorã, Rubens Freire e mais sete vereadores foram condenados pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por falsidade ideológica. Ele também perdeu o cargo por conta da sentença recebida, acima de quatro anos. Ele foi condenado a 4 anos e 6 meses de reclusão e 150 dias-multa.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados