Após delação vazada da Odebrecht, deputados do PT pedem renúncia de Temer

ausência de legitimidade

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ausência de legitimidade

A bancada do PT na Câmara dos Deputados pediu, por meio de nota, “renúncia imediata” do presidente Michel Temer (PMDB) e a convocação de novas eleições após os vazamentos de delações da Odebrecht que afetam o peemedebista. Em nota deste domingo (11) assinada pelo líder Afonso Florense (PT-BA), o partido vê “completa ausência de legitimidade do governo de Michel Temer”. Esta não é a primeiraz vez que o partido da presidente afastada Dilma Rousseff faz essa reivindicação.

O texto emitido pela bancada afirma que o atual presidente assumiu o cargo por meio de um “golpe parlamentar” e que “se mostrou inepto para conduzir os rumos do país, tanto na área político-administrativa quanto na esfera econômica”.
A nota da bancada do PT critica ainda a sequência de denúncias contra integrantes do governo Temer, inclusive o próprio presidente.

“Não somos golpistas. É certo que, do ponto de vista jurídico, há o princípio da presunção de inocência e o ônus da prova cabe à acusação. Entretanto, a robusta delação premiada de um dos executivos da Odebrecht, ainda que tal instrumento não possa ser utilizado como prova condenatória única e definitiva no processo judicial, expõe os vínculos profundos de toda a cúpula do governo Temer com o esquema de favorecimento de empresas na obtenção de contratos com o Estado”, diz o texto.

A delação de um dos executivos da Odebrecht vazada na última sexta (9) citou a alta cúpula do PMDB, inclusive Michel Temer, citado 43 vezes no depoimento de um delator. Outros nomes importantes como Eliseu Padilha (PMDB, ministro da Casa Civil), Romero Jucá (PMDB, líder do Governo no Congresso) e Geddel Vieira Lima (PMDB, ex-ministro de Temer) também foram implicados.

Neste domingo, uma pesquisa do Datafolha apontou que 63% dos brasileiros são favoráveis à renúncia de Michel Temer ainda este ano, para que se realizem eleições diretas para presidente. Para que a população vá às urnas e escolha um novo presidente para o mandato-tampão, seria necessário que Temer deixasse o cargo até 31 de dezembro.

 

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