Apoio ao governo e aos direitos sociais leva quase 3 mil às ruas em Manaus
Vestidos de vermelho e branco
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Vestidos de vermelho e branco
A manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff levou cerca de 2.800 pessoas à Avenida Sete de Setembro, no centro de Manaus, conforme cálculo da Polícia Militar (PM) do Amazonas. Os participantes do ato defendem ainda a democracia e os direitos sociais.
A concentração começou por volta das 16h, no Largo São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas. Inicialmente estimado em cerca de 500 participantes, o protesto foi crescendo ao logo do dia, com a realização de uma passeata pelas ruas da cidade.
Vestidos de vermelho e branco, usando apitos e carregando bandeiras do Brasil, de movimentos sociais, sindicais e do PT, os manifestantes gritam, a todo momento, “não vai ter golpe”.
O representante comercial Toni Pinheiro disse que aderiu ao protesto para defender a democracia brasileira e criticar a postura parcial de alguns veículos de comunicação do país. “Eu estou em defesa dos direitos, da liberdade e da democracia, que está sendo ameaçada a todo custo. Temos visto um trabalho maciço da mídia contra o governo, distorcendo fatos e inflamando as pessoas. Um governo que vem trabalhando, cometendo alguns erros, o que é normal, mas trabalhando, e que foi eleito democraticamente”, afirmou Pinheiro.
Prestar apoio à presidenta Dilma Rousseff foi o que levou a presidenta da Associação Afrodescendente e Indígena do Amazonas, professora Elisoneide Rodrigues, à manifestação desta sexta-feira.
“Estou aqui para apoiar a presidenta Dilma, uma mulher que sempre lutou pelas causas dos movimentos sociais. E nós, mulheres negras, a partir dos governos de Lula e da presidenta Dilma, tivemos mais oportunidade de fazer nossas propostas, porque a população negra é uma parcela excluída da sociedade e, no governo deles, teve essa abertura”, disse a professora.
Indígenas destacam avanços
A indígena Marta Ariá, da etnia Sateré-Mawé, saiu do município amazonense de Barreirinha para participar do ato em Manaus e defender a permanência de Dilma Rousseff na Presidência da República. “É uma história que nunca aconteceu no Brasil, porque a nossa presidenta é mulher. A mulher está conseguindo ganhar um espaço de poder. Por isso, estou aqui para defender a presidenta e tudo o que ela vem fazendo em prol das mulheres, porque nunca nós tivemos espaço. Depois que ela assumiu, nós avançamos muito, tanto politicamente quanto na questão de direitos”, declarou a artesã indígena.
Na capital amazonense, o protesto também é contra a postura do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o caso do professor Antônio Delfino, que disse não quer “justiça de exceção” no país. “A justiça tem que ser para todos. O que nós estamos vendo nos últimos dias é a priorização da justiça em detrimento de determinado grupo. Por isso, estamos aqui para gritar ‘fica, Dilma’, ‘não ao golpe’ e ‘respeite a democracia’”, afirmou Delfino.
O protesto em Manaus é organizado pela Frente Brasil Popular. Cerca de 200 policiais militares foram acionados para garantir a segurança durante a mobilização. Durante a passeata, houve um início de conflito entre um grupo favorável e outro contrário ao governo, mas a PM foi acionada e o problema, resolvido.
Quando o ex-presidente Lula começou a falar durante a manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, em Manaus, os participantes interromperam a caminhada para acompanhar o discurso em um telão instalado no local.
De manhã, membros do Poder Judiciário e do Ministério Público fizeram um ato em defesa do juiz Sérgio Moro em frente ao prédio da Justiça Federal em Manaus.
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