Andreia e Gilmar Olarte deixam penitenciária e já estão em casa com a família

Eles pagaram fiança de quase R$ 30 mil

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Eles pagaram fiança de quase R$ 30 mil

Após 43 dias de prisão, o ex-prefeito de Campo Grande e a ex-primeira-dama, Gilmar e Andreia Olarte, ambos sem partido, foram soltos na noite desta terça-feira (27). O casal chegou escoltado por volta das 19h40 ao Patronato Penitenciário de Campo Grande, para instalar tornozeleira eletrônica e por volta das 20h30 seguiram para casa.

“Eles já estão em casa, foram ver a família. Eles não quiseram dar muitas declarações porque agora querem aproveitar a companhia dos amigos e familiares. Amanhã devo me reunir com eles para conversar”, disse o advogado advogado João Carlos Veiga.

A soltura aconteceu depois do pagamento de fiança de 17 salários mínimos, ou seja, R$ 14.960 mil cada, somando 29.920 mil. O pagamento da fiança foi feito por meio de 16 boletos, sendo 14 de R$ 2 mil e dois de R$ 960. O valor foi imposto pelo juiz Roberto Ferreira Filho no início da tarde.Eles não poderão deixar a cidade, vão ter entregar os passaportes à Justiça, devem ficar em casa durante a noite e aos finais de semana ou feriados com monitoramento eletrônico, ou seja, uso de tornozeleira.

Isso porque o juiz Roberto Ferreira Filho entendeu não haver necessidade de manutenção do cárcere, contudo ditou algumas regras que os dois vão ter que seguir mesmo em liberdade. O magistrado determinou o comparecimento mensal em juízo de Gilmar e Andreia para comprovarem suas atividades.

Não podem sair de Campo Grande ou do país sem prévia autorização com a entrega dos passaportes em juízo dentro de 24 horas após a soltura. Estão proibidos de manter contato com co-denunciados na Operação Pecúnia ou com testemunhas de acusação. Devem ficar em recolhimento domiciliar com monitoração eletrônica de segunda à sexta-feira das 20h às 6h, além disso “das 20:00 horas de sexta às 06:00 horas de segunda e permanência integral na residência durante os sábados, domingos e feriados”, diz a decisão.

Caso – Os dois foram presos no dia 15 de agosto devido a Operação Pecúnia que apura suposto desvio de recurso público para compra de imóveis particulares. Após duas negativas do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a defesa apelou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que ainda não julgou o pedido e tomará ciência da decisão em primeiro grau.

Como estratégia para acelerar a tentativa de soltura, Olarte até renunciou aos cargos de prefeito e vice. As ações que estavam em segunda instância, prerrogativa de quem tem foro privilegiado, foram remetidas ao primeiro grau, com exceção da ação penal em que o pastor é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Andreia passou os dias no presídio feminino e o marido no presídio militar.

Pecúnia – Conforme o MPE-MS (Ministério Público Estadual), o casal branqueou recursos obtidos por meio de corrupção, passou a influir direta e ostensivamente na manipulação das provas alterando declaração de imposto de renda, adequando lastro patrimonial e, ainda, ocultando propriedade de imóveis com auxílio do corretor de imóveis Ivamil Rodrigues, que também conseguiu liberdade mediante pagamento de fiança. Outro empresário está em cárcere pelo mesmo motivo.

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