Afastado por licitação suspeita, prefeito de Bela Vista se diz ‘surpreso’

Câmara afastou o prefeito nesta segunda-feira

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Câmara afastou o prefeito nesta segunda-feira

Afastado do cargo, o prefeito de Bela Vista Douglas Gomes (PP) anunciou que irá recorrer à Justiça da decisão da Câmara de Vereadores, que optou por afastá-lo do Executivo nesta segunda-feira (6). O prefeito é investigado por uma dispensa de licitação no valor de R$ 8 mil referente a locação de uma escavadeira hidráulica.

Em nota, a assessoria de imprensa do prefeito afirmou que Douglas Gomes estaria “surpreso” diante da decisão da Câmara. O favorecimento da empresa Mayckon Willian Peralta na licitação investiga, segundo ele, foi de autoria do contador Felipe Maciel Ibanhes, que teria inocentado o prefeito.

O contador Felipe Maciel teria dito em depoimento ao Ministério Público Estadual que fraudou a assinatura de Mayckon Willian Peralta nos contratos com a prefeitura, sem que o prefeito e a empresa soubessem da fraude. Douglas Gomes afirmou ao jornal Fronteira News que o próprio Felipe lhe confessou a assinatura falsa em conversa particular. O contador teria agido “somente para ajudar Mayckon”, afirma a nota.

Entenda o caso

Sem recomendação do Ministério Público, 8 vereadores votaram a favor do afastamento do prefeito, enquanto três foram favoráveis a sua permanência. Durante 180 dias, Douglas Gomes será alvo de investigação da Câmara dos Vereadores. O prefeito assumiu o cargo em agosto de 2015 após o afastamento de Renato de Souza Rosa.

O prefeito tem um prazo de 15 dias para apresentar recurso ao Ministério Público, que pode interromper o processo e devolver o cargo ao afastado. Caso contrário, os 180 dias deverão servir para que a Câmara conclua as investigações sobre suspeitas de irregularidades na licitação da escavadora hidráulica.

Assume interinamente a Prefeitura o presidente da Câmara de Vereadores Valdez Marques Claro (Solidariedade), enquanto a vereadora Marli Loubet (PSDB) assume a presidência da Casa de Leis. A comissão para apuração das irregularidades é presidida pela vereadora Lucinete Leite Lino (PMDB). Lucinete é investigada pelo MPE sobre suspeitas de acúmulo de cargos públicos. 

(Sob supervisão de Evelin Araujo) 

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