Chiquinho diz que ele e colegas agiram em favor da governabilidade

O vereador Chiquinho Telles (PSD) se disse surpreso, na manhã desta terça-feira (29), ao comentar pedido de afastamento dele e de mais 16 colegas do cargo. Ele nega ato de corrupção visando cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP), aponta uma inversão no caso transformando “vilão em mocinho” e diz que a decisão dos vereadores foi pela “governabilidade”.

“Acabo entendendo que a Câmara virou a ‘Geni’ da história. Tudo recai sobre a Câmara. Queria entender qual crime cometi, nem ouvido fui, assim como outros também não. Vou falar em defesa dos 23 (que votaram contra Bernal em março de 2014): onde está o crime em participar de governabilidade?”, diz Chiquinho.

Por esta análise, segundo o vereador, é possível supor que há vereadores cometendo crimes atualmente, por terem participação na gestão de Bernal. “Acredito nos relatórios da CPI (do Calote) e na processante. Ou estamos vivendo em uma cidade de ficção? É a primeira vez que vejo o vilão virar mocinho, isso só acontece em filme”.

Chiquinho e os outros 16 que tiveram pedido de afastamento, por parte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), por serem os remanescentes na Câmara de 23 que votaram pela cassação de Bernal. A investigação, pela Operação Coffee Break, apura se parlamentares receberam vantagens, por parte de empresários, para votarem pela cassação do prefeito.

Até então, Chiquinho não constava entre os investigados no caso. Ele foi membro da CPI do Calote, em 2013, e atualmente integra a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da casa, que trabalha atualmente para apurar o envolvimento de colegas no suposto esquema contra Bernal.