Vereadores querem separar investigação de tapa-buraco por gestão

Vereadores avaliam que casos são diferentes porque gestão de Alcides Bernal e Nelsinho já acabou

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Vereadores avaliam que casos são diferentes porque gestão de Alcides Bernal e Nelsinho já acabou

Os vereadores de Campo Grande ainda não conseguiram analisar toda a papelada levada pelo secretário de Obras, Valtemir de Brito, referente aos contratos de tapa-buraco firmado entre a Prefeitura e empreiteiras de 2010 a 2015. Esta dificuldade para analisar as 20 mil páginas deve fazer os vereadores separarem os contratos por gestão, se realmente forem investigar.

O presidente da Comissão de Obras da Câmara, vereador Carlão (PSB), explica que a intenção é dar prioridade aos contratos vigentes, da gestão de Gilmar Olarte (PP). Ele acredita que desta forma será mais fácil identificar os problemas e achar solução.

“Temos que nos preocupar com o agora. Com o tempo, se identificarmos um erro grave, ai ampliamos. Temos que ver no momento se o dinheiro está sendo aplicado de forma correta. Dia 16 é o prazo final para o prefeito falar sobre a denúncia de buraco fantasma”, justificou.

Carlão explica que há uma diferença muito grande na investigação de contratos atuais e da gestão de Nelsinho Trad (PMDB) e Alcides Bernal (PP), que careceriam de uma investigação mais aprofundada.

“Estas gestões já passaram. Tinha que ter investigado na época. Agora não tem como saber se estavam ou não prestando o serviço. Precisaria de uns três meses para investigar, mas só os contratos, para saber se houve favorecimento de empreiteiras. Nesse caso só uma CPI”, justificou.

Já faz mais de 40 dias que o Midiamax divulgou o vídeo de um contribuinte flagrando suposto “tapa-buraco fantasma” em Campo Grande. De lá para cá o secretário já foi à Câmara duas vezes, mas não respondeu a contento. Ainda assim a CPI não saiu do papel.

Os vereadores precisam de dez assinaturas para emplacar uma CPI, mas até o momento só oito assinaram: Luiza Ribeiro (PPS), Chiquinho Telles (PSD), Paulo Pedra (PDT), Alex do PT, Ayrton do PT, Thais Helena (PT), Cazuza (PP) e José Chadid (sem partido). 

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