Vereadores já reclamam de Bernal e pedem para prefeito ‘virar a página’

Reclamações já começaram

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O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), procurou a Câmara no primeiro dia da gestão. A visita teve como objetivo apasiguar os ânimos com vereadores, em busca de uma relação amigável para garantir pelo menos a governabilidade. Porém, 15 dias depois, a relação já começa a se desgastar.

“Em algumas entrevistas ele já começa a falar em quadrilha. Vejo ele aí fora com um comportamento vingativo e o momento é de virar a página. Não pode ficar com o mesmo discurso do passado. Ele está desrespeitando uma solicitação dele, de parar de olhar para o retrovisor”, reclamou Airton Saraiva (DEM), líder da oposição na primeira gestão de Bernal.

O vereador revela preocupação com o comportamento de Bernal e vê grande possibilidade de reflexos negativos. “Estamos de braços abertos. A própria população está dando um tempo para ele. Mas, se começar a repetir os mesmos erros do passado, pode ter problemas. Ele tem que manter o tom conciliador”, opinou.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) também cobrou foco de Bernal para evitar mais problemas. “Ele não pode perder tempo. Esta demora para indicar secretários é prejudicial. Não tem responsável pela Secretaria de Assistência Social, pela Sedesc, Educação. As pessoas têm pressa”, criticou.

O vereador Carlão (PSB) também espera mudança de Bernal, com solução de problemas e menos embate. Para isso, defende ação diante dos problemas que já aconteciam na gestão de Gilmar Olarte (PP) e devem atormentá-lo agora.

“Mudou o prefeito, mas o cara lá do posto do saúde quer saber de médico atendendo. É como uma lua de mel. No começo vai bem, mas depois vai se deteriorando. Acredito que se conseguir resolver os problemas nestes 90 dias será um forte candidato até para o ano que vem”, analisou.

O presidente da Câmara, Flávio César (PTdoB) fala em segunda chance para Bernal e também aguarda mudança. “Ele está tendo uma segunda chance. Na primeira as coisas não aconteceram como deveria e cumprimos nosso papel de fiscalizador. O Judiciário devolveu para ele a oportunidade de exercer novamente o mandato. Agora ele precisa de uma atitude diferente. Ter um diálogo sério, maduro e priorizando os interesses do Município de Campo Grande, que não aguenta mais sofrer com tantas mudanças”, concluiu.

Agora na base, Luiza Ribeiro (PPS) diz que não faz bem para a cidade o clima de instabilidade e enfraquecimento de Bernal e minimiza até a demora para indicar secretários. “Em dois dias o Olarte indicou entre 12 e 14 secretários, o que significou apenas uma rapidez. Não vou trabalhar com elementos de instabilidade. Cada um tem seu estilo”, avaliou.

Bernal ainda não indicou secretários importantes, como da Educação, Assistência Social e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, mas minimizou a ausência. Ontem declarou que a cidade tem prefeito, secretário de Governo e procurador-geral.

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