Vereadores ironizam pedido de apreensão de celulares feito por Edil

Gaeco já começou a recolher aparelhos

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Gaeco já começou a recolher aparelhos

Os vereadores não demonstraram preocupação, mas ironizaram o pedido feito pelo vereador Edil Albuquerque (PMDB), solicitando apreensão dos aparelhos celulares de todos os vereadores que votaram na cassação do mandato de Alcides Bernal (PP).

O Gaeco acatou a solicitação e já notificou alguns vereadores, mas eles não demonstram preocupação com a entrega, mas com o pedido. “Não tenho condição de dizer que o Gaeco está errado. Não creio que o Gaeco esteja agindo com parcialidade. Existe denúncia, inquérito, apreensões. Esta ideia é para confundir e chega ao revanchismo”, analisou Alex do PT.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) também estranhou o pedido, mas não vê problemas em entregar o aparelho. “O Ministério Público deve saber o que está fazendo. Se quiser, não tem problema nenhum. Quem não deve, não teme. Acredito que os promotores devem saber o que estão fazendo”, analisou.

O vereador Ayrton do PT diz não temer a devassa em seu aparelho e nem chegou a questionar o pedido feito por Edil. “Se tiver que pegar, o meu está à disposição. Tenho tranquilidade de entregar. Se for pedido, não tem problema nenhum”, declarou.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) notificou nesta quinta-feira (22) os vereadores de Campo Grande que votaram contra a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) na comissão processante que terminou em sua cassação. A notificação é para que eles entreguem, voluntariamente, os celulares para investigação sobre possível compra de voto por parte do pepista.

A medida, acatada pelo Gaeco, foi solicitada pelo advogado Rene Siufi, em nome do vereador Edil Albuquerque (PMDB). Os seis vereadores que votaram contra a cassação são: Luiza Ribeiro (PPS), Marcos Alex (PT), Paulo Pedra (PDT), Zeca do PT, Ayrton Araújo (PT) e Cazuza (PP).

Edil fez a solicitação ontem (21) com base no que o ex-secretário de saúde de Gilmar Olarte, o vereador Jamal Salem (PR), disse sobre o esquema de compra de votos. Na última terça-feira (20), vereador afirmou que Bernal teria montado uma conspiração para afastar os 17 vereadores e oferecido entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão para conseguir votos favoráveis a sua permanência na Prefeitura. Jamal foi convocado pelo Gaeco para depor na segunda-feira (26) e esclarecer as afirmações.

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