Vereadores deixam para Flávio César comentar novo pedido para afastar Bernal

Câmara ainda deve se manifestar oficialmente sobre processo

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Câmara ainda deve se manifestar oficialmente sobre processo

Vereadores de Campo Grande voltaram a falar, nesta terça-feira (6), que a possibilidade de nova mudança no comando da Prefeitura gera instabilidade política e prejudica a cidade. Por outro lado, parlamentares também reclamam de falta de atitude por parte do prefeito, Alcides Bernal (PP), e entregam ao presidente da Câmara Municipal, Flávio César (PTdoB), a missão de falar em nome da casa sobre ação do MPE que pede o afastamento do pepista.

“Isso acaba gerando instabilidade na população. Isso é muito ruim. As pessoas estão comentando que o prefeito nem bem voltou e já apareceu o pedido de afastamento. Elas estranham isso, causa preocupação”, comenta Thais Helena (PT). Sobre a ação, ela diz que não teve acesso aos documentos.

Para Eduardo Romero (PTdoB), o MPE não agiria sem provas. No entanto, o órgão “tem se mostrado contraditório” e “isso gera confusão na população”: de um lado, acusa vereadores de agirem em benefício próprio ao cassarem Bernalo e, de outro, pede o afastamento do prefeito considerando denúncias apuradas pelos parlamentares.

Ainda segundo Romero, “basta olhar a cidade” para notar falta de atitude por parte do prefeito. “Talvez isso seja pela instabilidade política”, complementa.

Na visão de Chiquinho Telles (PSD), a ação do MPE demonstra a falta de atitude do prefeito. Ele culpa Bernal, por exemplo, pelo grande número de ruas esburacadas.

“Cabe à Justiça decidir”, pondera Paulo Siufi (PMDB). Ele garante que “a Câmara está de braços abertos” para ajudar Bernal.

Entendimento parecido tem Carlão (PSB). “A justiça deve analisar com carinho a situação, com entendimento da situação política da cidade. Mas, (o MPE) também não iria pedir (o afastamento) sem provas e fatos”, diz ele, que reclamou da falta de ação por parte da Prefeitura: “a Câmara quer se reunir com ele, estamos esperando pedir suplementação, já dissemos que vamos autorizar, mas não chegam projetos”.

Já o vereador Edil Albuquerque (PMDB), que foi líder de Gilmar Olarte (PP), passou a bola para o presidente. Segundo ele, opiniões sobre “isso tudo” ficarão concentradas em pronunciamento de Flávio César, porque “fica chato ter 12, 18 caras falando a mesma coisa” – até o fechamento deste texto,  a presidência não havia falado sobre a ação do MPE contra Bernal.

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