Ao todo, 18 emendas foram aprovadas

“Que a família comece e termine sabendo aonde vai e que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor e que os filhos conheçam a força que brota do amor”. Foi com a Oração pela Família que grupos religiosos, predominantemente católicos, ocuparam a Câmara nesta terça-feira (23) para pedir que fosse retirado o tema “diversidade sexual” do Plano Municipal de Educação, votada pelos vereadores. Ao todo, 18 emendas ao texto foram aprovadas.

Após discussão entre os vereadores e até suspensão da sessão por dez minutos, o Plano foi aprovado, com a retirada do tema, por 24 votos a dois. Para líderes da Igreja Católica, uma vitória.

Arcebispo de , Dom Dimas acredita que a proposta estabelecia uma ingerência do Poder Público. “O Estado não pode interferir no direito sagrado da família na educação dos próprios filhos. Nós respeitamos a diferença sexual, mas também pedimos o respeito do direito da família pela educação dos seus filhos”.

Somente Eduardo Romero (PTdoB) e Luiza Ribeiro (PPS) votaram contra as mudanças, incluindo a que suprime o tema ‘diversidade sexual' do texto original. “Existem emendas que prejudicam outros gêneros, como indígenas e quilombolas, não posso proteger uma parcela da população e desproteger outra”, pontuou o vereador.

Luiza analisou que a discussão é mais ampla e, com as emendas, o “texto ficou sofrível”. “Deve ser mostrado às crianças que homem e mulher são iguais”, defendeu.

“Os evangélicos não são a favor da violência, pelo contrário, evangélicos e cristãos são defensores da vida”, disse Paulo Siufi (PMDB). Colega de bancada, o médico Dr. Loester (PMDB) lembrou que o momento de saber o sexo de um filho é singular na vida dos pais.