Vereador tem mandato cassado por suposta participação em esquema em Naviraí
Dos 13 vereadores, nove votaram a favor da cassação
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Dos 13 vereadores, nove votaram a favor da cassação
Mesmo o advogado alegando que o vereador Adriano Silvério não enriqueceu com o esquema de corrupção e que não participou, ele foi cassado com nove votos a favor. A sessão de julgamento está sendo realizada esta segunda-feira (12) na Câmara dos Vereadores de Naviraí.
Dos 13 vereadores, que estão avaliando e votando a favor ou contra a cassação dos supostos envolvidos no esquema, dois votaram contra a cassação de Silvério: o vereador José Roberto Alves e Mario Gomes.
Em defesa de Silvério o seu advogado chegou a alegar que o cliente era pobre e que os bens da família vinham de sua esposa, que sempre teve um patrimônio de família. “Os bens que o cidadão acha que são do Adriano, pelo contrário, são de sua esposa que muito antes de casar com ele já possuía um patrimônio”, disse o advogado.
Entenda o caso
O vereador está sendo investigado pela Polícia Federal, através da Operação Athenas deflagrada em outubro de 2014 em conjunto com o MPE/MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). De acordo com o MPE/MS, os parlamentares envolvidos no esquema de corrupção exigiam e recebiam vantagens indevidas para aprovação de leis com diversas finalidades inclusive para modificação e criação de critérios para o funcionamento para estabelecimentos comerciais.
Ainda de acordo com o MPE, também foram identificados desvios de recursos públicos através da falsificação de diárias, desvio de combustíveis, fraude em licitações, além de obrigarem alguns servidores do Legislativo a realizarem empréstimos bancários para repasse de valores aos investigados, em troca da manutenção de seus cargos.
Entre os investigados pela PF estão o ex-presidente da Câmara, Cícero dos Santos; o segundo secretário Adriano José Silvério, vereador mais votado da cidade; Solange Olímpia de Castro Melo; Marcus Douglas Miranda, que foi candidato a deputado estadual na última eleição de 5 de novembro; e Carlos Alberto Sanchez. Os outros envolvidos são Mainara Gessika Malinski dos Santos, esposa de Cícero dos Santos e os assessores: Wagner do Nascimento, Rogério dos Santos Silva e Tiago Caliza da Rocha.
Nesta tarde, serão julgados os mandatos, por 13 parlamentares, em voto aberto, dos vereadores Cícero dos Santos, Adriano Silvério, Marcos Douglas e Carlos Alberto Sanches. Já renunciou ao cargo a vereadora Solange Melo. Todos estes parlamentares foram presos pela PF.
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