União precisa agilizar compra de terras para amenizar conflitos, diz Reinaldo

Governador reclama de demora do governo federal em ‘distencionar’ disputa

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Governador reclama de demora do governo federal em ‘distencionar’ disputa

O governo federal precisa agilizar a aquisição de terras para conter o conflito entre índios e fazendeiros na região de Antônio João, no cone sul de Mato Grosso do Sul. A declaração é do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), no dia em que forças policiais se concentraram na região para desocupar três áreas, antes de a Justiça revogar ordem de reintegração.

Segundo Reinaldo, “o índio não é o dono da terra, ela é da União”. Por isso, continua, o governo federal precisa comprar as áreas para abrigar os indígenas e “distencionar” os ânimos entre as partes.

“O grande dilema é avançar nas negociações. As áreas em Antônio João tinham ficado de fora, então conversamos para que fossem incluídas. A União tem que titular logo essas áreas, porque o índio não é o dono da terra, ela é da União”, analisa Reinaldo.

Forças policiais viajaram de Campo Grande a Antônio João, na terça-feira (20), com a missão de retirar indígenas de três fazendas. Os índios, por sua vez, fazem o que chamam de retomada, ou seja, no entendimento deles, ao entrarem nas propriedades, estão retornando a um território já pertencente a eles.

O STF (Supremo Tribunal Federal), no entanto, suspendeu a ordem de reintegração de posse das fazendas Cedro, Fronteira e Primavera. Com isso, parte das famílias indígenas que chegaram a deixar as áreas, avisou da pretensão de retornar à retomada.

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