Último preso por escândalo sexual pode ser solto a qualquer momento

Ele é o único ainda preso em caso que envolve ex-vereadores e ex-deputado

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Ele é o único ainda preso em caso que envolve ex-vereadores e ex-deputado

Último envolvido no caso que permanece preso no curso do processo, o empresário Luciano Pageu pode deixar a prisão a qualquer momento. Ele está detido preventivamente desde 16 de abril, quando foi flagrado praticando extorsão contra o então vereador Alceu Bueno, revelando suposto esquema que envolveria exploração sexual de adolescentes e figuras públicas em Campo Grande.

A defesa de Pageu levou à Justiça pedido de liberdade provisória no mesmo dia em que outro envolvido, Fabiano Viana Otero, deixou o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) para cumprir prisão domiciliar. Otero é apontado como mentor do esquema que visava aliciar menores, intermediar programas sexuais com figuras públicas, gravar os encontros e, depois, usar o material para extorquir os clientes – ele também fez acordo de delação premiada no processo.

O MPE (Ministério Público Estadual) já opinou pela soltura de Pageu, com a condição de que ele cumpra prisão domiciliar. Ao analisar o pedido da defesa, o promotor Celso Antônio Botelho de Carvalho pondera, entre outras coisas, que o empresário “possui residência fixa, trabalha nesta comarca e os antecedentes não são ruins”, além do fato de que “os crimes, em tese, a ele atribuídos não são de natureza hedionda”.

Último preso por escândalo sexual pode ser solto a qualquer momento“Discordo da revogação da prisão preventiva, todavia, requeiro seja aquela cautelar convertida na cautelar de prisão domiciliar”, conclui o promotor. “Manter o decreto prisional somente em desfavor do requerente não é o que podemos chamar de Justiça”, traz a petição da defesa de Pageu.

No dia 16, junto com Pageu, foi preso o ex-vereador Robson Martins, solto em maio. Além de Bueno, o ex-deputado estadual Sérgio Assis teria sido ‘cliente’ do grupo – ambos respondem por favorecimento à exploração sexual.

No parecer, o promotor lembra que “os demais réus, dois deles estão aguardando o julgamento em liberdade – que seriam Alceu e Assis – e dois outros em liberdade, mas tendo contra si a cautelar da prisão domiciliar” – supostamente Robson e Fabiano. O processo, no entanto, tramita em segredo de Justiça na 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande.

Mesmo com parecer favorável à prisão domiciliar por parte do MPE, Pageu ainda depende de uma ordem do juiz, o que pode acontecer a qualquer momento. Até o fechamento deste texto, o pedido constava como aguardando despacho.

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