Extraoficialmente a empresa já estaria trabalhando

Não houve concorrência oficial entre empresas para auxiliar o trabalho de análise documental da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Contas Públicas. Devido à demanda de mais de 200 mil páginas contendo dados necessários à apuração, os vereadores solicitaram contratação de assessoria contábil e de advocacia para iniciar análise técnica, parte mais complexa da investigação.

Segundo a Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal o contrato ainda não foi oficialmente fechado, mas uma empresa já está em negociação avançada para prestar os serviços. Extraoficialmente, no entanto, vereadores já consideram o serviço contratado. 

Tanto que o próprio presidente da Comissão, Eduardo Romero (PTdoB), confirmou que o conteúdo já esta sendo enviado aos profissionais. “Não sei precisar quantos são porque depende da demanda que mandamos para eles. Mas são contabilistas e advogados. A equipe de cada vereador também ajuda”, revelou.

Ao todo, cinco legisladores compõem a CPI, além de Romero, Airton Saraiva (DEM) desenvolve papel de relator e Thais Helena (PT), Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Paulo Pedra (PDT) são integrantes.

A procuradoria da Casa de Leis negou que a assessoria já tenha sido contratada, mas admitiu que os profissionais estiveram na Câmara para verem o conteúdo trabalhado e, assim, puderam estipular valor pelo serviço. A proposta será apresentada ao presidente do Legislativo, Mario Cesar (PMDB), para que seja oficializada até amanhã à tarde. Embora os técnicos já tenham fixado preço, nada foi revelado sob justificativa de que o peemedebista tem que dar aval antes da divulgação dos números.

A negociação será fechada até amanhã a pedido da comissão que tem pressa em chegar ao resultado da apuração. Romero revelou não desejar estender de 90 para 120 dias a duração dos trabalhos. “Vamos correr contra o tempo”, disse. A contratação de especialistas em ciência contábil é de suma importância já que o objetivo da CPI é dar diagnosticar a saúde financeira de , além de analisar se houve inserção excessiva de comissionados e nomeados na atual administração.

Para dar celeridade ao processo os legisladores não marcaram oitivas para esta semana. O presidente esclareceu que em 15 dias as parciais terão que estar prontas para que o próximo a ser sabatinado seja escolhido. Novos documentos podem ser solicitados caso restem dúvidas. Os dados publicados em Diário Oficial, fornecidos nas prestações de contas quadrimestrais e colhidos nas próprias oitivas serão contrastados.