Secretário afasta chance de reunião entre Olarte e professores, diz vereador
Categoria, em greve desde maio, protesta com pizzas na Câmara Municipal
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A disputa judicial no caso tornou inviável que o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), negocie pessoalmente o fim da greve dos professores, iniciada no fim de maio. A afirmação foi feita pelo secretário municipal de Governo, Paulo Matos, ao vereador Chiquinho Teles (PSD), segundo disse o parlamentar durante a sessão da Câmara Municipal desta quarta-feira (8).
Pouco antes, a sessão chegou a ser suspensa por conta de protesto de professores da rede municipal. Eles levaram pizzas ao plenário, reclamando do que dizem ser falta de ação dos vereadores em relação à campanha salarial dos docentes, e passaram a gritar quando foram orientados pela vereadora que preside os trabalhos, Thais Helena (PT), a se manifestarem apenas por meio de gestos.
Na visão da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), os vereadores são culpados pelo impasse, já que deveriam fiscalizar o cumprimento das leis por parte do Executivo. Os professores reclamam reajuste salarial de 13,01%, com base em lei que equipara o piso local ao nacional, dizendo haver descumprimento de tal legislação.
“Falei com o Paulo Matos, ele me disse que a chance de o prefeito receber os professores é zero, porque a questão está judicializada, então cabe à Justiça decidir”, disse Chiquinho. Antes, em discurso, o vereador Chocolate (PP) reclamou da situação: “os vereadores estão levando um puxão de orelha, enquanto o prefeito está lá tranquilo”.
A Prefeitura move ação no TJ (Tribunal de Justiça) desde o início da greve, que começou em 25 de maio, questionando a legalidade do movimento – obteve liminar limitando o número de grevistas. Na semana passada, o MPE (Ministério Público Estadual) opinou pelo agendamento de audiência de conciliação e, até o momento, não consta nos dados do processo encaminhamento neste sentido.
Os professores pedem 13,01% de reajuste. A última proposta da Prefeitura foi reajustar os salários em 8,5%, parcelados.
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