Rivais, Zeca curte absolvição e Puccinelli se explica sobre operação da PF

Sem o governo, Puccinelli vira alvo de operação

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Sem o governo, Puccinelli vira alvo de operação

Os ex-governadores Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB) enfrentam situações bem diferentes atualmente. Eternos rivais, os dois ex-governadores viraram notícia nos últimos dias, mas um pela absolvição em denúncia antiga de corrupção e o outro por ser alvo de uma investigação da Polícia Federal.

Os processos contra Zeca do PT sempre foram usados por Puccinelli durante enfrentamentos na campanha, inclusive de 2010, quando disputaram o governo. Na ocasião, ainda na função de governador, Puccinelli enfrentava poucos processos e Zeca ainda respondia por acusações de quando era governador. Agora o jogo virou e Zeca curte absolvição e Puccinelli enfrenta crise no governo.

Neste mês o  juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais, julgou improcedente o pedido do (MPE) Ministério Público Estadual contra Zeca do PT por suposta ilegalidade na contratação da empresa E.F. Laboratórios e Fotografias Ltda-ME.

A ação, chamada de “Farra da Publicidade”, foi usada por vários adversários do petista, que sempre protestou, alegando que o Ministério Público Estadual, via promotores, o perseguiam com acusações sem prova.  Zeca chegou a ganhar direito a indenização de R$ 200 mil do Governo do Estado, mas o processo ainda está em tramitação.

Longe do governo, agora é a vez de Puccinelli enfrentar investigação. A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União investigam suposta organização criminosa montada na gestão dele, com atuação do grupo do empresário João Amorim, que tocava diversas obras do Governo do Estado.

O governador, descrito como “muito cauteloso ao telefone”, estava na lista dos que o delegado Marcos André Araújo Damato considerou que precisariam ser presos temporariamente. O Ministério Público Federal chegou a dar parecer favorável a prisão temporária, por cinco dias, dos oito, e para prisão preventiva de Amorim, Elza Araújo (sócia dele) e Rômulo Menossi. Porém, o juiz federal Dalton Igor Kita não autorizou, alegando que não havia indícios de materialidade e autoria da prática de ilicitude.

Além de Puccinelli, integravam a lista o ex-deputado federal Edson Giroto (PMDB), Maria Wilma Casanova, adjunta na secretaria de Obras, Hélio Yudi, fiscal terceirizado, Marcos Puga servidor da Agesul, Beto Mariano, Edmir Fonseca Rodrigues, Márcia Alvares, Newton Stefano e André Luiz Cance.

No inquérito, o governador é citado como cauteloso por ter evitado contato com João Amorim, embora, segundo a polícia, tenham sido obtidos elementos que, ao ver deles, demonstram que ele recebeu propina da Gráfica Alvorada, em situação envolvendo a Organização Criminosa de João Amorim. A CGU e a Polícia Federal encontraram desvio de R$ 11 milhões em apenas três contratos investigados. Agora, procuram desvios em outros contratos do governo de Puccinelli com Amorim.

Quando deixou o governo, Puccinelli afirmou que estava se aposentando. Porém, não descartou voltar ao governo caso a dor do parto não passasse. Já o deputado Zeca do PT avisou que será candidato ao governo ou ao Senado em 2018. Isso significa que não está descartado um novo enfrentamento entre a dupla, que terá outras histórias para contar.

 

 

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