Governador não se nega a cumprir, mas disse que é preciso avaliar a situação financeira de MS

A declaração do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), sobre avaliação das contas do executivo estadual antes de cumprir o reajuste dos , fez com que a (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) solicitasse uma reunião. Direção da Fetems, secretário de Educação e Azambuja devem se reunir às 8 horas, na quarta-feira (14).

De acordo com presidente da federação, Roberto Magno Botareli, os professores do Estado já têm 69% do reajuste, faltando 31% para integralizar com o que dispõe a Lei 4.464/13, que institui a política salarial para o magistério. Este ano, o governo tem que reajustar 11% ou 77% do valor do piso nacional.

Em ocasião anterior, Azambuja afirmou que avaliaria as contas do governo do Estado para verificar a possibilidade de honrar o compromisso. “Se ele não concordar, podemos entrar em greve”, avisa um professor, que preferiu não se identificar, ao Jornal Midiamax.

Por sua vez, o governador não se nega a pagar o reajuste, mas disse que, antes, precisa avaliar – a lei determina que o reajuste seja aplicado a partir de 1° de janeiro, com o pagamento na folha de fevereiro, ou seja, ainda não há atraso.

Azambuja criticou, ainda, o ex-governador André Puccinelli (PMDB), que foi à Justiça para derrubar, por exemplo, o piso para o magistério.

“Quero apostar no diálogo para resolver a questão, até porque o governo não diz que não vai pagar. Afirma que quer cumprir, mas precisa ver”, disse o presidente da Fetems. Ainda segundo ele, caso Azambuja se negue a pagar, será convocada uma assembleia antes de começar as aulas, para definir a atitude da categoria, que conta com 20 mil professores em MS.

Se seguir o trâmite programado, em 2018 os professores de Mato Grosso do Sul terão, com carga de 20 horas, o mesmo salário de um servidor com piso nacional para 40 horas. Além do reajuste normal, para alcançar o piso, Azambuja ainda terá que discutir com a categoria o reajuste anual, que tem como base a inflação acumulada. 

Situação semelhante ocorreu em Campo Grande, quando professores da Reme (Rede Municipal de Educação) cobraram do prefeito de Campo Grande (MS), Gilmar Olarte (PP), o cumprimento da equiparação salarial.

Os docentes chegaram a entrar em greve em virtude do não cumprimento, no entanto, o presidente da Fetems diz que não é caso, por enquanto. “Não é o momento”.