Retrospectiva: 2015 foi o ano dos suplentes na Câmara Municipal

Dos 29 vereadores oito ocupavam suplência

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Dos 29 vereadores oito ocupavam suplência

Cada coligação elege além de veeradores, suplentes para que na hipótese de o titular se licenciar ou perder a cadeira já haja substituto sem necessidade de novo pleito. A ordem segue a votação que cada um teve, mas a colocação nunca é comemorada porque alguns não chegam a tomar posse. Este mandato na Câmara Municipal de Campo Grande, porém, é definitivamente dos suplentes, especialmente 2015. Dos 29 legisladores oito ocupavam suplência e alguns sequer eram os primeiros da fila.

De 2013 até março de 2014, Marcos Alex (PT), até então suplente, ocupou cadeira pertencente a Thais Helena (PT), que por sua vez, se licenciou para comandar a secretaria de Assistência Social na primeira fase da gestão do prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP). Com a cassação do radialista a vereadora retornou à Casa de Leis e Alex só conseguiu retomar o posto, agora como titular, com a eleição de Zeca do PT a deputado federal no final do ano passado.

Caso semelhante ocorreu com Magali Picarelli (PMDB). Ela e Loester Nunes (PMDB), primeira e segundo suplentes respectivamente, assumiram vaga também em março do ano passado quando Gilmar Olarte (PP) ficou à frente do Paço Municipal e nomeou Edil Albuquerque como secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio e Jamal Salem (PR) para pasta da Saúde.

Edil deixou o posto antes do retorno de Bernal e Loester, consequentemente, voltou ao banco de reservas. Magali conseguiu ficar como titular com a eleição de Grazielle Machado (PR) para deputada estadual, sendo assim o PR ficou por um período sem bancada na Câmara até a volta de Jamal em agosto deste ano.

Com a migração de Elizeu Dionízio (PSDB) da Câmara Municipal para Câmara de Deputados, ele é suplente do secretário de Estado de Fazenda de deputado federal licenciado Marcio Monteiro (PSDB), Francisco Saci (PRTB) ficou como substituto. Esta foi uma das coligações em que mais houve troca.

Em abril deste ano Roberto Santana (PRB), popularmente conhecido como Betinho, que ocupava a segunda suplência na mesma coligação de Elizeu, ficou com a cadeira de Alceu Bueno (sem partido) depois que o mesmo renunciou diante do escândalo em que se envolveu quando se relacionou sexualmente com menores.

Ele, inclusive, foi condenado a 8 anos e dois meses em regime fechado, pelo cometimento de dois crimes de exploração sexual de vulnerável. Mas pode responder em liberdade. À época um pequena polêmica foi feita porque o terceiro suplente, Baiano Protético, ameaçou entrar na Justiça para que Betinho não assumisse já que ele havia se desfiliado do PRB. Não houve sucesso. A sigla o filiou de volta antes da posse e tudo ficou regularizado.

José Chadid (PSDB) ficou com a vaga deixada por Rose Modesto (PSDB) que se tornou vice-governadora do Estado na última eleição. Paulo Pedra (PDT) se licenciou em setembro para comandar a secretaria de Governo e Relações Institucionais para Bernal. Com isso o médico Eduardo Cury (PTdoB) ingressou no Legislativo.

No dia 17 novembro o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desproveu recurso que mantinha Pedra, Thais Helena (PT) e Delei Pinheiro (PSD) com seus mandatos. O trio foi cassado em 2013 sob acusação de compra de votos no pleito do ano anterior. Sendo assim, após ser oficialmente notificado, o TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) empossou os suplentes Roberto Durães (PT) e Lívio Leite (PSDB), além de Cury.

O tucano ficou com a vaga de Delei, teoricamente Juliana Zorzo (PSC) era a primeira na fila, mas o cenário mudou porque os votos dos cassados foram anulados e, por isso, a contagem para suplência foi alterada. Zorzo chegou a ficar por uns meses na Câmara quando o vereador Herculano Borges (SD) se licenciou para ocupar a extinta secretaria da Juventude no governo de André Puccinelli (PMDB).

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