Parlamentar citou desvio em tapa-buraco e golpe

O governador (PMDB), por meio de seu advogado, Renê Siufi, acionou a Justiça para pedir explicações a vereadora Ribeiro (PPS) sobre depoimento dado por ela a Força Tarefa do Ministério Público, onde ela o citou em vários oportunidades, fazendo, inclusive, menção a desvios do período que foi prefeito de .

O advogado faz várias perguntas a vereadora, alegando que os esclarecimentos são necessários para que possa analisar a viabilidade do ajuizamento de uma ação penal por calúnia e difamação, por conta do depoimento.

A defesa de Puccinelli cita trechos do depoimento de Luiza, onde ela relata possível desvio no sistema de tapa-buraco em Campo Grande, desde a primeira administração dele como prefeito de Campo Grande, iniciada em 1997.

“Funcionários que passaram pela Prefeitura em outro tempo. Há tempo recente. Há tempo mais antigo. São pessoas que nos dizem com maior clareza: Olha, eles dividiam a cidade em lotes físicos aonde estes lotes foram licitados as empresas e há um rodízio que a empresa faz o serviço ou faz a emissão da nota…  Isso é afirmado assim como um esquema já consolidado né, que cresceu muito no último período, do Gilmar Olarte. Um período que saltou aos olhos e tal. Mas, que isso vem sendo montado há vários anos, inclusive no período do próprio André Puccinelli e depois no período do Nelsinho Trad se consolidou”, diz trecho do depoimento citado.

O advogado ainda cita trecho onde Luiza diz que é um sistema pensado, visto que tem baixa fiscalização dos recursos, já que são municipais. “As pessoas dizem que na época do André, era o André que mandava. Na época do Nelson, o Nelson mandava um pouco e um pouco o João Amorin. Agora, no Olarte, o João Amorin era sócio da prefeitura”, acusou.

No pedido de explicação o advogado também cita depoimento de Luiza relatando possível golpe para queda de Alcides Bernal (PP).  Segundo trecho anexado, Luiza disse ao Ministério Público que Puccinelli não aceitou a eleição por motivo financeiro.

“Não aceitou, mas não é uma coisa afetiva. Não aceitou porque não é bom. Não aceitou porque foi derrotado. Não é isso. É uma coisa comercial, de dinheiro. Tem a ver com mais facilidade ou menos facilidade de se arrancar dos cofres públicos aquilo que se pretendia para viver bem, para viver melhor, para os seus viverem melhor. Para fazer novas eleições, pagar outras situações”, declarou.

Segundo o advogado, é evidente que as afirmações sem qualquer suporte atribuem ao ex-governador a pecha de assaltante dos cofres públicos, em um prejuízo moral que afeta a credibilidade como médico e prefeito da cidade e governador do Estado por duas vezes. Desta maneira, requer explicações no prazo de 48 horas.