PT gaúcho repudia ações de Delcídio e quer expulsá-lo do partido
O estatuto da sigla é usado como base
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O estatuto da sigla é usado como base
O senador Delcídio do Amaral (PT) está preso há um dia e já perdeu apoio de correlegionários. Depois de nota oficial do presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, lhe negando solidariedade e desvinculando a executiva nacional dos fatos ocorridos nesta quarta-feira (25), hoje foi a vez de o PT gaúcho demonstrar desapoio com resolução pedindo afastamento imediato do denunciado, bem como análise de expulsão, com base no estatuto petista.
Em nota, a executiva do Rio Grande do Sul alega que é a hora de agir com firmeza e coerência preservando a bandeira defendida pela legenda que é o combate à corrupção. “O Estatuto Partidário, que prevê a suspensão dos direitos partidários de filiadas ou filiados envolvidos em ações que caracterizem conluio, corrupção ou outras situações de mesmo teor, manchando nosso projeto coletivo, generoso e comprometido com as lutas das trabalhadoras e trabalhadores ao longo desses 35 anos de existência”.
Segundo o artigo 246 do estatuto partidário há suspensão, de forma cautelar, os direitos partidários de filiadas/os referidos em casos de percepção de vantagens indevidas, favorecimentos, conluio, corrupção, desvio de verbas, voto remunerado ou outras situações. No texto os sulistas pedem, ainda, que o STF (Supremo Tribunal Federal) que haja com o mesmo rigor em casos de parlamentares de outros partidos como, por exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
“ Repudiamos, por fim, as manifestações golpistas e os ataques conservadores da direta reacionária e de todos aqueles que querem que o medo fique acima da esperança. Manifestamos nossa confiança no estado democrático de direito e em uma sociedade mais justa e igualitária”, finaliza.
Delcídio foi preso na madrugada de ontem pela Polícia Federal quando estava no hotel que reside quando está em Brasília. Ele é acusado de obstruir investigação da Operação Lava Jato por meio de ofertas financeiras ao ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. Tudo para evitar que fosse citado durante depoimentos colhidos à apuração. O petista foi o primeiro senador da história do Brasil a ser preso e o Senado, por 59 votos a 13, permitiu a permanência dele no cárcere.
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