Promotoria investiga viagens de Aécio ao Rio de Janeiro

O Ministério Público de Minas Gerais instaurou o procedimento

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O Ministério Público de Minas Gerais instaurou o procedimento

O Ministério Público de Minas Gerais instaurou um procedimento prévio para apurar a informação de que o senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves utilizou aeronaves oficiais para realizar 124 viagens ao Rio de Janeiro no período em que governou o Estado, entre 2003 e 2010.
 
Segundo reportagem publicada pelo jornal Estado de São Paulo publicada nesta sexta-feira (2), o fato é o primeiro passo na investigação do político.
 
Em setembro, uma reportagem do jornal Folha de São Paulo noticiou o número de viagens, o que motivou o Ministério Público mineiro a investigar o grande número de viagens particulares.
 
O relatório de viagens foi elaborado pela Casa Civil do governo de Minas, curiosamente a pedido do deputado estadual Gustavo Valadares (PSDB), aliado de Aécio, que queria questionar as viagens do atual governador, o petista Fernando Pimentel.
 
Segundo o documento, Fernando Pimentel fez uma viagem ao Rio usando a aeronave do Governo, no Carnaval deste ano. A escola de samba Salgueiro homenageou Minas Gerais em seu enredo, e o governador foi à sapucaí para acompanhar o desfile.
 
Seu antecessor, Antônio Augusto Anastasia, foi 29 vezes ao Rio entre abril de 2010 e dezembro de 2014 utilizando aeronaves do Governo do Estado.
 
A notícia do fato foi distribuída para a promotora Elizabeth Cristina dos reis Villela. O procedimento aparece com o status de “sigiloso” na página do MPMG.
 
Outro lado
 
Em nota, a assessoria de Aécio Neves afirmou que o parlamentar se deslocou para diversos estados brasileiros durante seus oito anos de mandato como governador, sempre “dentro das normas legais do Estado”.
 
Ainda de acordo com a nota, as normas sobre uso de aeronaves oficiais por parte do governador seguem “os mesmos parâmetros que orientam o uso de aeronaves por parte do chefe do executivo federal”.
 
O uso de aeronaves pelo governador, durante a gestão Aécio Neves, foi regulado por um decreto assinado pelo próprio Aécio, quando governador.

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Foto ilustrativa | Reprodução