Prisão de Delcídio mostra que instituições estão agindo, diz Azambuja

Delcídio está preso desde quarta-feira

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Delcídio está preso desde quarta-feira

“É triste”, mas mostra que as instituições estão funcionando. Dessa forma define o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), a respeito da prisão do senador (PT), que, por sua vez, disputou a eleição para sucessão do governo estadual com Azambuja, em 2014. O senador foi preso na quarta-feira (25), por determinação do STF, o que foi ratificado pelos senadores.

“Entristece, ver um senador que representa o povo sul-mato-grossense nestas condições”. No entanto, “as instituições funcionando”, cai como um “alento” para as pessoas que atualmente repudiam a boa política, em detrimento de atos que muitas vezes ficam impunes. “O Supremo e o Ministério Público realmente estão fazendo sua parte”, disse.

Sobre a decisão do Senado, que aprovou a manutenção da prisão de Delcídio, Azambuja disse que os parlamentares “não podiam ter outra atitude”, do contrário, poderiam ser coniventes. “Foi um ato de lisura e sabedoria confirmar e manter ele, até que se apure todos os fatos que levou a prisão e os motivos da denúncia”, disse.

Durante a campanha, enquanto candidato, o governador citava em suas propagandas e discursos suposto envolvimento do senador nos escândalos da Petrobras e Delcídio, por sua vez, negava e ameaçava processar.

Em março deste ano, o senador chegou a conceder entrevista coletiva para comentar a exclusão do nome dele da lista dos que serão investigados na Operação da Lava Jato. Durante a coletiva o senador reclamou do que chamou de “covardia” dos que lhe acusaram durante a campanha e agradeceu o voto dos que confiaram nele mesmo diante de tudo o que aconteceu.

Prisão

Delcídio foi preso no hotel Golden Tulip, em Brasília, na quarta-feira, para não atrapalhar as investigações da . Ele foi citado na delação do lobista Fernando Baiano, apontado pela Lava Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014. Fernando Baiano disse que Delcídio do Amaral teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Consta que o senador ofereceu a possibilidade de fuga a Cerveró em troca de ele não aderir ao acordo de colaboração com a Justiça, revelando as irregularidades da operação. A conversa foi gravada por um filho de Cerveró.

 

Conteúdos relacionados

Jorge Batista PCO