Prefeitura inicia cortes e garante que demissões serão ‘feitas cirurgicamente’

Além de 28 demissões, 70 professores foram remanejados de cargos administrativos à sala de aula

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Além de 28 demissões, 70 professores foram remanejados de cargos administrativos à sala de aula

A Prefeitura de Campo Grande já começou a cortar professores nomeados, mas segundo o secretário de administração, Wilson do Prado, que também ocupa a função de interino na pasta de Educação, as modificações no quadro de servidores serão feitas gradualmente para que não haja impacto no andamento administrativo da Capital. Ele garantiu que 28 educadores foram demitidos e outros 70 que estavam em funções administrativas, agora passarão a atuar nas salas de aula. 

A expectativa é de que novas demissões sejam efetuadas na próxima segunda-feira (29), mas não há número exato. Estima-se que até o fim das modificações cerca de 300 profissionais da educação sejam cortados. “As mudanças feitas não são suficientes, mas vamos começar por aí. Tem que ser cirurgicamente para não prejudicar os serviços do Município. Se passarmos o rodo de uma vez fica difícil”, disse.

A única certeza dada pelo secretário é de que haverá readequação econômica para amenizar a crise financeira que se estende ao País inteiro. “Os remanejamentos vão acabar impactando na área econômica”, avaliou. Por tratar-se de comissionados, as demissões dos professores não aparecem no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

Mais cedo o presidente da ACP presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, declarou ainda não ser possível analisar o impacto da exoneração dos professores comissionados. “Não temos os nomes, por isso ainda não posso me pronunciar a respeito das demissões. Temos que esperar a lista para saber quem são os professores”, explicou.

A Reme (Rede Municipal de Ensino) conta com 8 mil professores, sendo 2.334 convocados e 5.500 sindicalizados. A categoria iniciou paralisação por reajuste salarial de 13,01%, que eleva o salário de R$ 1.679 para R$ 1.917 por 20 horas aula. Por conta da crise financeira, Prado já participou de oitiva da CPI das Contas Públicas e levou dados sobre a Educação aos vereadores.

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