População chamou vereadores de corruptos e rabo preso na Câmara

Regimento não foi respeitado 

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Regimento não foi respeitado 

 

Os vereadores não tiveram sossego na sessão onde aprovaram um item e reprovaram cinco para abertura da comissão processante contra o prefeito Gilmar Olarte (PP). Foram vários os gritos de protestos, que classificaram os vereadores, entre outros nomes, de corruptos e de rabo preso.

A população que acompanhou a sessão não se intimidou e, como em poucas vezes visto, xingou vereadores cara a cara, sem medo de retaliação. Pendurados na grade, que separa o público da plateia, eles despejaram toda a raiva dos parlamentares, principalmente os que votavam a favor do prefeito.

O vereador Ayrton do PT não gostou de ser chamado de corrupto e discutiu com uma professora. O clima era tão quente que a professora nem se atentou que o vereador era da oposição e votou pela comissão processante contra o prefeito.

A sessão foi marcada por muita confusão. O presidente da Câmara, Mario Cesar, não se atreveu nem a proibir uso de apitos, que deixaram a sessão quase que incompreensível. Um grupo de manifestantes, em sua maioria com cargo na Prefeitura, foi para a Câmara gritar a favor do prefeito e dos vereadores que o apoiavam.

Desta vez não houve briga entre manifestantes e apenas provocações dos pró-Olarte, que disseram para os professores irem trabalhar. Os professores, por sua vez, rebatiam, dizendo que eram concursados e não precisavam defender prefeito em troca de cargo.

Os manifestantes que ajudavam o prefeito tinham uma pulseira no pulso e deram margem a denúncias. Segundo alguns manifestantes, a pulseira servia de código para pagamento da defesa ao prefeito na Câmara.

A sessão foi marcada por gritos de vergonha, rabo preso, corruptos e até nomes de empresas investigadas em operações da polícia e Ministério Público. Os gritos de cafezinho também não faltaram. O cafezinho ganhou fama depois da Operação Lama Asfáltica, onde alguns políticos foram flagrados em escutas. Segundo a polícia, “tomar um cafezinho” era código usado pelo empreiteiro João Amorin para falar do pagamento de propina.

 

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