Debandada pode aumentar em

Após perder o governo e a Prefeitura de Campo Grande o PMDB caminha para uma redução, principalmente em Campo Grande. A dificuldade é grande por conta da ameaça de debandada que o partido enfrenta e por conta da própria chapa, considerada pesada demais para alguns parlamentares.

A família Trad já anunciou que deve deixar o partido e outros parlamentares também não escondem insatisfação. O vereador Paulo Siufi (PMDB), por exemplo, diz que ainda não decidiu se continua ou não partido e aguarda o fim da reforma política para definir votos.

O vereador foi o mais votado do PMDB na última eleição e é um dos puxadores de votos na coligação. A desistência dele pode reduzir ainda mais a chance do partido conseguir manter o grande número de vereadores que possui nesta legislatura, com cinco representantes eleitos.

O partido também enfrenta problema para atrair candidatos a vereador por conta da chapa, considerada muito pesada. Os vereadores Magali Picarelli (PMDB), Dr. Loester (PMDB) e o ex-vereador Ribeiro (PMDB) provaram deste gosto amargo. Eles tiveram mais de 5.000 votos, mas não conseguiram se eleger porque outros colegas tiveram mais votos. Porém, com este mesmo número de votos, conseguiriam se eleger tranquilamente em outra sigla.

O PMDB também pode ter como agravante a falta de candidato forte para o cargo de prefeito. O ex-governador André Puccinelli (PMDB) já anunciou que não será candidato e Marquinhos Trad (PMDB) não quer disputar pelo PMDB. Com isso, o partido enfrenta dificuldade para emplacar um nome, que também seja capaz de fortalecer candidatos a vereador.