PF evita prisão midiática, mas promete condenações na Lama Asfáltica

Investigação não termina este ano

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Investigação não termina este ano

O delegado regional de combate ao crime organizado, Cléo Mazzotti, declarou na manhã desta segunda-feira (7) que a Polícia Federal não deve concluir as investigações sobre a Lama Asfáltica neste ano. Todavia, garantiu que o trabalho continua e de maneira efetiva.

“Não vamos podemos ficar agindo de forma midiática, pedindo prisão para no dia seguinte a pessoa estar solta e não atendendo ao anseio da população”, disse o delegado, ressaltando que a Polícia Federal tem compromisso com a condenação, o que necessita de medidas embasadas.

O delegado diz entender o anseio grande da população para ver os mais poderosos presos, como acontece na Operação Lava Jato, mas ponderou que na investigação não há compromisso com prisão de alguém específico.

“Para nós não tem x ou y. O que importa é a condenação de quem fez um eventual crime e que temos que comprovar”, justificou. Sobre o prazo para término, Mazzotti garante que não há preocupação, visto que o inquérito segue desde 2013 e demanda de um amplo trabalho.

“São documentos extremamente complexos, por se tratar de lavagem de dinheiro, evasão de divisa e com necessidade de análise intensa. Muitas vezes está analisando um documento e precisa solicitar outro, o que torna o processo mais lento”, explicou.

O delegado não detalhou quantidade de contratos analisados e nem o efetivo, mas confidenciou que a equipe, que inclui agentes, delegados, escrivães  e peritos, está concentrada neste trabalho, que é prioridade para o setor de combate ao crime organizado.

Lama Asfáltica

A Operação Lama Asfáltica, deflagrada em julho, realizou 19 mandados de busca e apreensão na casa de empreiteiros e políticos de Mato Grosso do Sul para investigar o prejuízo de R$ 11 milhões na construção de obras com recursos federais.

Na avaliação da Polícia Federal, Amorim contou com a ajuda da gestão de Puccinelli para montar uma organização criminosa que atuava em várias obras do governo do Estado, com direcionamento de licitação e superfaturamento.

Foram feitas buscas na casa do ex-deputado federal Edson Giroto (PMDB), que atuou como secretário de Obras de Puccinelli e também são investigados Maria Wilma Casanova, adjunta na Secretaria de Obras, Hélio Yudi, fiscal terceirizado, Marcos Puga servidor da Agesul, Beto Mariano, Edmir Fonseca Rodrigues, Márcia Alvares, Newton Stefano e André Luiz Cance, além dos empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Elza Araújo (sócia dele) e Rômulo Menossi. 

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