A sigla cogita entregar cargos caso saia da base

O PDT se reúne nos próximos dias para definir se segue ou não na base aliada da Presidente da República, Dilma Rousseff (PT). A relação com o Governo Federal está em crise desde a votação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que, dentre outras coisas, alteram regras para acesso ao seguro-desemprego e restringem direitos previdenciários. À época o ex-ministro do Trabalho e presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, teceu duras críticas à petista.

Segundo o deputado federal, Dagoberto Nogueira (PDT), enquanto o martelo não for batido a bancada federal continua votando com o Governo, com exceção de casos que vão contra à ideologia do partido, como na situação das MPs. “Estamos analisando se vamos permanecer ou não. Até tomar a decisão, estamos votando com a Presidente, só não matérias que vão contra nossa ideologia, como foi o caso das medidas provisórias. Em 10 dias vamos decidir, em uma reunião, que estava prevista para semana que vem, mas foi transferida”, disse.

O pedetista, que briga pelo comando da executiva regional, esclareceu que na hipótese desfazer aliança com Dilma, o posicionamento será o que for bom ao Brasil e, provavelmente, a sigla entregará cargo que mantém no Ministério do Trabalho. Atualmente o Ministro do Trabalho é o secretário nacional licenciado, Manoel Dias. “Se sairmos da base, vamos nos posicionar a favor do que for interessante para o País. E não adianta ter por ter (cargos)”.

O ministro, porém, foi mais cauteloso e defendeu que a decisão de deixar as funções no Governo Federal seja definida depois da reunião. Manoel esteve hoje em Campo Grande e participou da convenção regional da sigla que não elegeu o próximo dirigente por divergência de opiniões.