Para se livrar de investigação, Luiza vai se desculpar com Carlão

Luíza é alvo de representação por depoimento ao Gaeco

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Luíza é alvo de representação por depoimento ao Gaeco

Para evitar que seja alvo de investigação da Comissão de Ética na Câmara Municipal, a vereadora Luíza Ribeiro (PPS) irá conversar com o colega de parlamento Carlos Borges (PSB) para explicar que não teve a intenção de ofender a Casa de Leis ou os legisladores quando procurou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para dar informações à Operação Coffee Break.

Em depoimento de mais de 30 minutos, ela disse não ter provas e mesmo assim acusou os colegas de receberem propina desde a gestão do ex-prefeito da Capital e ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), passando pela administração de Nelsinho Trad (PMDB) e chegando a Gilmar Olarte (PP). Além disso, ainda sem ter como provar, alegou ter quase certeza de que a compra de votos para cassação do prefeito de Campo Grande, alcides Bernal (PP), realmente ocorreu em março do ano passado.

Ofendido, Carlão conseguiu assinaturas e protocolou no começo do mês representação contra a vereadora. “Ela disse que os 28 vereadores (sem contá-la) recebiam o tal do mensalinho. Eu estou entre eles porque cumpro mandato, então foi danos morais. Nós temos que ter responsabilidade no que falamos, somos pessoas públicos, somos de um poder e ela manchou justamente esse poder que garante a democracia”, explicou à época.

Amanhã a solicitação sai da Procuradoria Jurídica do Legislativo e vai para comissão de ética. Para evitar a transição e futuro julgamento ela vai tentar resolver amigavelmente. “Eu não tenho uma defesa formada, mas vou tentar falar diretamente com o Carlão e mostrar que não tive esse objetivo, não quis ofender ninguém. Vou pedir que ele retire a representação. Não estou aqui para fazer ataque nenhum”, defendeu-se.

Depois que as acusações vieram à tona o clima na Câmara ficou péssimo e se agravou ainda mais quando dois policiais armados e à paisana, foram à sessão ordinária supostamente para garantir a segurança de Luíza. O episódio levou Bernal a dar explicações aos parlamentares que chegaram a registrar Boletim de Ocorrência para documentar o ocorrido.