Olarte usa obra inacabada da Solurb para propaganda pessoal

Vídeo promocional de Gilmar Olarte está sendo divulgado por WhatsApp e redes sociais

Iniciada em 2007, as obras da UTR (Unidade de Processamento de Resíduos Sólidos) são de responsabilidade da Solurb, que em 2012 firmou contrato com a Prefeitura da Capital no valor de R$ 1,8 bilhão, por 25 de exploração do serviço, no qual era prevista a conclusão do empreendimento. Na sexta-feira (30), o prefeito Gilmar Olarte (PP) esteve no local e gravou um vídeo promocional.

O vídeo mostra Olarte ao lado dos secretários de infraestrutura, Valtemir Brito, e de governo, Rodrigo Pimentel e de um representante da empresa. “Como você podem ver estamos concluindo uma obra que vai gerar mais de 500 empregos para nossa população. São 500 trabalhadores com emprego direto, sendo treinados pela Funsat (Fundação Social de Trabalho de Campo Grande) e sendo preparados que é reciclagem do nosso lixo”, frisa o prefeito.

O novo prazo agora é o próximo mês de maio. Brito, da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), afirmou que com o fim das chuvas, o ritmo das obras irá ‘triplicar’. Mesmo com o longo tempo de construção, ainda falta 30% do empreendimento a ser concluído. 

A unidade, quando concluída, terá seis galpões que farão o processamento inicial de 60 toneladas de lixo por dia. Todavia, o Plano Municipal de Saneamento Básico e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Campo Grande, feito no ano de 2012, previa que a Capital tivesse uma coleta média diária de cerca de 750 toneladas de lixo.

A reportagem do Jornal Midiamax esteve no local onde está sendo construída a UTR e, mesmo sem cuvas, o ritmo das obras era lento. Não havia operários em ação na área dos galpões. Procurada, a Solurb informou que Élcio Terra está fora da cidade, e que outro responsável pela empresa retornaria o contato amanhã, terça-feira (3).

O lixo tem sido um problema desde a gestão de Nelsinho Trad (PMDB). Recentemente, a Justiça Federal transformou o ex-prefeito peemedebista e mais oito pessoas em réus em uma ação por irregularidade no aterro sanitário que consumiu quase R$ 5 milhões.