Nova regra eleitoral teria reduzido R$ 49,3 milhões da campanha em MS

Empresas estão proibidas de fazer doações

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Empresas estão proibidas de fazer doações

O Supremo Tribunal Federal proibiu empresas de fazerem doações para campanhas políticas. Agora, candidatos só podem receber doação de pessoa física e com limite de 10% do que tinha de renda antes do pleito. 

A decisão deve reduzir consideravelmente o valor gasto em campanhas políticas. Em Mato Grosso do Sul, na última campanha para o Governo do Estado, foram gastos R$ 58.765.764,28 e deste total, R$ 49,3 milhões foram de doação de empresas, que agora estão proibidas.

Apenas R$ 9.384.638,00, dos R$ 58,7 milhões gastos nas campanhas em 2014, poderiam ser investidos se a regra já estivesse em vigor na eleição passada. A nova regra não deve agradar os políticos, que já aprovaram a doação na última reforma política. O projeto aguarda aprovação de Dilma Rousseff (PT), mas o STF pode voltar a derrubar a doação, caso Dilma não vete a nova reforma.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi o candidato que mais recebeu doação na campanha em Mato Grosso do Sul, com R$ 25.323.019,00. Com a nova regra, só teria em caixa de campanha R$ 7.023.000,00. Apesar de menor, o valor seria superior ao do principal concorrente, Delcídio do Amaral (PT).

Na campanha para o governo Delcídio recebeu R$ 24.580.891,21 em doações. Com a nova regra, só poderia ter ocupado R$ 2.015.000,00. O terceiro colocado na eleição, Nelsinho Trad (PTB), também seria prejudicado. Ele recebeu R$ 8.752.674,00 na última campanha, mas com a nova regra só teria investimento de R$ 327.038,00.

Evander Vendramini (PP) conseguiu arrecadar R$ 104.680,00, mas só R$ 19.600,00 seriam autorizados pela nova regra. Já os candidatos Sidney Melo (PSOL) e Marcos Monje (PSTU) não teriam problemas. Eles arrecadaram R$ 3.292,00 e R$ 1.208,07 de doações de pessoas físicas.

 

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